MC Kevinho: O funk subiu a ladeira
Astros paulistas quebram a hegemonia dos cariocas e fazem da atividade um negócio de gente grande
Passados cinco anos da explosão da carioca Anitta, os funkeiros paulistas superaram os colegas do Rio de Janeiro em popularidade. E não só: adicionando organização profissional a um gênero que brota como que por geração espontânea nas periferias, seus expoentes consolidam o funk como expressão musical incontornável da juventude brasileira atual. Um dos mais populares é Kevin Kawan de Azevedo, de 20 anos. Kevinho acaba de assinar um contrato robusto com a multinacional Warner Music (especula-se que seu passe tenha custado 17 milhões de reais). Já se apresentou na Holanda, Inglaterra e Estados Unidos e lotou shows em Portugal. Está estudando inglês para ampliar a ainda incipiente carreira internacional.
Mas ele não é uma voz solitária. O bonde de novos funkeiros paulistas tem nomes como WM, Jerry Smith, Kekel, Fioti, que migraram dos bailes da periferia — meio onde se forja a cultura do pancadão — para duetos com estrelas bem estabelecidas do pop e do sertanejo, de Anitta a Luan Santana.