Coronavírus provoca queda de arrecadação e aumento nos gastos do governo
Com 57.837 novos casos e 1.129 óbitos confirmados nas últimas 24 horas, país acumula agora 2.610.102 diagnósticos e 91.263 mortes por Covid-19
Nesta quinta-feira, 30 de julho, o Tesouro Nacional divulgou parte do preço que a pandemia do coronavírus custará ao Brasil. Entre janeiro e junho deste ano, as contas públicas tiveram um déficit de 417,2 bilhões de reais, o maior desde o início da contabilização, em 1997. Em junho, o prejuízo foi de 194,7 bilhões, o que surpreendeu negativamente o Ministério da Economia, que esperava cerca de 112 bilhões. Esse estrago nas contas públicas traz ainda mais atenção para a questão da Reforma Tributária. A discussão estava prevista para começar hoje em uma Comissão Mista do Congresso, mas foi adiada para a próxima terça-feira.
E o Brasil não foi o único país a divulgar números negativos. O produto interno bruto americano mostrou uma queda trimestral de 32,9%, a maior da história. Já a Alemanha viu seu PIB diminuindo quase 10%. Em compensação, no final da tarde, grandes empresas de tecnologia divulgaram resultados trimestrais vistos como positivos pelo mercado. A Amazon teve um lucro por ação quase 10 vezes maior do que o esperado por analistas. O Facebook, Apple e Google também mostraram resultados consideravelmente maiores do que os esperados pelos analistas.
As reaberturas econômicas devem minimizar as perdas no futuro, mas as movimentações de governos quanto às prevenções contra vírus tornam o ambiente ainda um tanto quanto incerto. Por exemplo, o governo brasileiro reiterou a decisão de impedir a entrada de estrangeiros por rodovias ou por transporte aquaviário. A portaria vem de forma simultânea à flexibilização do governo paraguaio na quarentena do Alto Paraná, região que faz divisa com o Brasil, após protestos violentos da população contra as medidas restritivas.
A primeira-dama Michelle Bolsonaro testou positivo para o coronavírus, mas, segundo o Palácio do Planalto, não vem apresentando sintomas. Enquanto isso, Bolsonaro, em sua primeira viagem oficial após exame apontar que ele não está mais com a Covid-19, causou aglomeração e ficou sem máscara entre apoiadores.
Michelle é parte dos 57.837 novos casos confirmados nas últimas 24 horas. Além disso, foram 1.129 mortes no mesmo intervalo. O país acumula agora 2.610.102 casos confirmados, 91.263 mortes e 1.824.095 recuperados.