2 minutos para entender o desabamento no centro de São Paulo
Edifício de 24 andares veio abaixo após um incêndio, na madrugada desta terça-feira, no Largo do Paissandu
Um prédio de 24 andares desabou após um incêndio, na madrugada desta terça-feira no Largo do Paissandu, no centro de São Paulo. Segundo o Corpo de Bombeiros, uma pessoa está desaparecida. A vítima é Ricardo, de 30 anos. Ele estava sendo resgatado pelos bombeiros, já estava inclusive com o cinto e com a corda, quando o prédio veio a baixo. Cães farejadores ajudam nas buscas por outras possíveis vítimas.
O fogo começou no quinto andar, por volta da 1h30. As causas do incêndio ainda são desconhecidas e serão investigadas pela Policia Civil.
O Edifício Wilton Paes de Almeida foi tombado em 1992 por ser considerado um bem de interesse histórico, arquitetônico e paisagístico, mas estava ocupado por grupos sem-teto. Até às 10 horas desta terça, a prefeitura informou que foram registradas 248 pessoas, de 92 famílias, que estavam no local no momento do incêndio. Mas, no dia 10 de março, tinham sido cadastradas pela administração municipal 150 famílias, somando 400 pessoas, sendo que um quarto desse total eram famílias estrangeiras.
A Igreja Evangélica Luterana de São Paulo, que é vizinha do prédio, também foi atingida pelo fogo.
O presidente Michel Temer foi ao local do incêndio nesta manhã, mas precisou sair às pressas depois de ser hostilizado. Moradores arremessaram objetos e chutaram o carro em que o presidente estava. De acordo com Temer, serão tomadas providências para dar assistência às pessoas que perderam suas casas no incêndio.
Durante a madrugada, o governador de São Paulo, Márcio França (PSB), visitou o Largo do Paissandu e disse, em entrevista à TV Globo, que as famílias desabrigadas serão levadas para abrigos. Ele afirmou ainda que essa era “uma tragédia prevista”. De acordo com França, a capital paulista tem pelo menos 150 imóveis ocupados irregularmente, na mesma situação do prédio que desabou.