Dois anos da tragédia de Mariana: “Não foi acidente. Foi crime”
'Estúdio VEJA' fala sobre o andamento dos acordos com a Samarco para ressarcir as vítimas do rompimento da barragem de Fundão
![Vista dos estragos causados pelo rompimento da barragem de rejeito da empresa de mineração Samarco, no subdistrito de Bento Rodrigues, em Mariana (MG) - 05/11/2015](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/06/alx_brasil-barragem-minas-20151105-006_original.jpeg?quality=90&strip=info&w=1280&h=720&crop=1)
Há dois anos, em 5 de novembro de 2015, o rompimento da barragem de Fundão, da mineradora Samarco, aniquilava o distrito de Bento Rodrigues, destruía a fauna e a flora da região e matava dezenove pessoas. O ‘Estúdio VEJA’ recebe Guilherme de Sá Meneghin, promotor de Minas Gerais, para falar sobre o andamento da reconstrução dos distritos afetados e do ressarcimento às vítimas da tragédia.
Ele conta que ainda perdura uma sensação de impunidade e que o quadro psicológico dos atingidos se agravou. “As empresas usam de todos os instrumentos possíveis – e até inimagináveis – para tentar postergar a reparação dos direitos das vítimas”, afirma. Por outro lado, o promotor diz que houve avanços em relação à união entre os atingidos e na garantia de direitos a eles por parte do Ministério Público e do Judiciário. Guilherme também classifica o ocorrido como uma das maiores violações de direitos humanos da história do país.