Tragédia da boate Kiss: 5 anos de impunidade
Veja as histórias de familiares e sobreviventes que tiveram suas vidas estraçalhadas após 27 de janeiro de 2013, data da tragédia
Passados cinco anos da tragédia da boate Kiss, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, não houve punição. Ao contrário, o Ministério Público processa a associação de pais das vítimas, acusados de desrespeito com as autoridades. Assista às histórias de familiares e sobreviventes do desastre.
VEJA também esteve no interior do que resta da Kiss hoje. Os cantos ainda acumulam os restos de fuligem da espuma que derreteu com as chamas e virou uma fumaça tóxica. Os banheiros, onde mais de cem jovens morreram empilhados, estão horrivelmente intactos. Do lado de fora, na fachada, veem-se ainda as quatro letras que hoje representam um beijo de morte: K-I-S-S. Um painel, debaixo do letreiro, informa: “Justiça 242”, em referência aos que perderam a vida. À direita, o clamor: “Que não se repita”.
Clamor esse que caiu num abismo de silêncio aterrador. Nada melhorou. Pior. Cinco anos depois, a impunidade é a grande marca da tragédia de Santa Maria. O poder público esqueceu os mortos da Kiss.