O que os sociais-democratas podem aprender com Marx
O historiador Angelo Segrillo fala da biografia turbulenta do pensador alemão e diz que há um legado marxista até para quem não quer revolução
![BE023720 - Marx, Carl: 1818-1883. German Political Philosopher - late 19th century Credito: Bettmann/Getty Images](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2018/05/karl-marx-31.jpg?quality=90&strip=info&w=1280&h=720&crop=1)
O filósofo alemão Karl Marx, autor de O Capital e do Manifesto Comunista (este, escrito em colaboração com seu grande parceiro, Friedrich Engels), deixou uma obra vasta e levou uma vida turbulenta, marcada pelo embate intelectual nos meios esquerdistas do século XIX.
Professor da USP, o historiador Angelo Segrillo publicou este ano, quando se lembra o 200º aniversário daquele que seria o teórico oficial do comunismo na União Soviética e em seus países-satélite — Karl Marx, Uma Biografia Dialética (editora Prismas). A obra acompanha a vida de Marx e examina criticamente o que disseram as várias biografias anteriores.
Nesta entrevista a Jerônimo Teixeira, no Clube do Livro, Segrillo conta episódios marcantes da vida de Marx — incluindo o episódio do provável filho que teve com uma empregada de sua casa — e examina o seu legado, que, diz o biógrafo, não se limita aos regimes totalitários comunistas do século XX.