A missa negra celebrada em São Bernardo do Campo escancarou a agonia da seita, cujo único Deus está condenado a discursar nos próximos anos só para pecadores juramentados reunidos no pátio da cadeia. Disfarçado de homenagem à data de nascimento de Marisa Letícia, a exploração de cadáver juntou no mesmo palanque um Lula quebrado, os medonhos requebros de Dilma, Gleisi Hoffmann e seu sorriso de Miss Simpatia da população carcerária, Celso Amorim de pull over e outras abjeções. Nenhum dos presentes, incluindo os padres, seria capaz de recitar a segunda parte do credo. Deus deve ser mesmo brasileiro. Só isso pode explicar por que a pequena multidão não foi fulminada por algum dos raios bíblicos que em outros séculos dizimavam concentrações de pecadores irrecuperáveis.