Twitter remove rótulos indicativos para veículos financiados por governos
Medida ocorre um dia depois que plataforma iniciou retirada dos selos de verificação azuis de contas que não pagam assinatura

A semana explosiva de Elon Musk continua rendendo frutos. Nesta sexta-feira, 21, o estrondo está sendo ouvido nos domínios do Twitter, um de seus negócios mais tumultuados, além da fabricante de carros autônomos Tesla. A plataforma removeu os rótulos classificadores de veículos de mídia públicos, financiados por governos ou afiliados ao Estado.
A medida ocorre um dia depois que o Twitter começou a retirar os selos de verificação azuis de contas que não pagam a assinatura do Twitter Blue. Entre os alvos da nova regra, estão a National Public Radio (NPR), nos EUA, que deixou de usar o microblog depois que sua conta principal foi designada como mídia afiliada ao estado — termo usado para identificar meios de comunicação controlados ou fortemente influenciados por governos como Rússia e China.
Depois, o Twitter mudou o rótulo para “mídia financiada pelo governo”, mas a NPR – que depende do governo para uma pequena fração de seu financiamento – disse que ainda era enganoso. A Canadian Broadcasting Corp. e a rádio pública sueca tomaram decisões semelhantes. O rótulo da CBC desapareceu na sexta-feira, com os de contas de veículos como Sputnik e RT, na Rússia, e Xinhua, na China.
Muitos dos usuários de alto perfil do Twitter perderam na quinta-feira os cheques azuis que ajudaram a verificar sua identidade. Eram cerca de 300.000 usuários verificados sob o sistema original de verificação azul – muitos deles jornalistas, atletas e figuras públicas. Usuários de alto perfil que perderam seus cheques azuis na quinta-feira incluem Beyoncé, Papa Francisco, Oprah Winfrey e o ex-presidente Donald Trump.
Os custos para manter as marcas variam de 8 dólares por mês para usuários individuais a um preço inicial de 1.000 dólares mensais para verificar uma organização, mais 50 dólares mensais para cada afiliado ou conta de funcionário. O Twitter não verifica mais as contas individuais, como foi o caso do cheque azul anterior distribuído durante a administração pré-Musk.