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Nova geração de smartwatches acelera no foco em saúde e bem-estar

Eles fazem eletrocardiogramas, monitoram o sono e até avisam se a pessoa sofrer um acidente — mas, claro, os médicos continuam imprescindíveis

Por André Sollitto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 12h14 - Publicado em 16 abr 2022, 08h00
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  • Antes da chegada do Apple Watch, em 2015, os relógios inteligentes eram bugigangas restritas a um nicho específico do mercado de aficionados de tecnologia. Com o passar do tempo, contudo, a promessa de ter acesso a algumas funções dos celulares e a possibilidade de o usuário receber notificações sobre diversos temas — condições climáticas e noticiário, por exemplo — fizeram com que os aparelhos ampliassem de maneira explosiva o seu alcance. Recentemente, os smartwatches aceleraram os ponteiros ao focar o universo da saúde e bem-estar. Foi uma estratégia certeira. Em 2015, a Apple vendeu 12 milhões de unidades. Em 2021, o número ultrapassou a marca de 100 milhões. Como um todo, o mercado cresce ao ritmo de 35% ao ano, segundo estudo realizado pela consultoria International Data Corporation (IDC). E tudo graças à sua novíssima vocação como ferramenta de saúde.

    Os smartwatches, também chamados wearables, se tornaram aliados importantes do autocuidado. Não à toa, o Colégio Americano de Medicina Esportiva apontou esse tipo de dispositivo como a principal tendência fitness em 2022. Não é para menos. Hoje em dia, até mesmo as opções mais simples e baratas oferecem monitoramento da frequência cardíaca, registro da qualidade do sono e do período menstrual e giroscópios para contabilizar passos e quilômetros. A maioria funciona com aplicativos populares de esporte, como o Strava, e dão maior precisão no acompanhamento das atividades físicas. Alguns são à prova d’água e tornaram-se valiosos companheiros nos exercícios da natação.

    Como não poderia deixar de ser, os aparelhos com preços elevados costumam incorporar funções adicionais. A medição da oxigenação do sangue é uma delas, algo importante em tempos de Covid-19. O Apple Watch Series 7, registre-se, faz eletrocardiogramas, liberando o resultado em questão de segundos. A contagem de calorias e a porcentagem de gordura do corpo são outras opções disponíveis entre os relógios que estão no topo de linha. E, claro, dá até para unir a preocupação fitness com estilo. Marcas de luxo, como a Montblanc, entraram na onda e lançaram versões inteligentes de seus relógios, com preços equivalentes a seus modelos tradicionais, na casa de milhares de reais.

    O maior trunfo dos smartwatches é colocar nas mãos das pessoas formas práticas de monitorar a saúde. Os aparelhos e seus aplicativos embarcados usam recompensas fictícias, como medalhas para estimular os usuários a bater metas pessoais, e permitem que se acompanhe informações cardía­cas 24 horas por dia, se o adepto assim desejar. “Com eles, de fato, o indivíduo passa a ter atitudes diferentes em relação à saúde”, afirma Antonio Carlos Endrigo, diretor de tecnologia da informação da Associação Paulista de Medicina. “A pessoa se educa, controla melhor os hábitos alimentares e se preocupa em realizar um número maior de atividades físicas.”

    Ter fixado no pulso um aparelho que proporciona o acompanhamento constante, em qualquer lugar e situação, e durante 24 horas por dia pode em algum momento até salvar vidas. Há casos de pacientes que identificaram anomalias, como taquicardia e hipertensão, de forma precoce e buscaram ajuda médica antes que o problema ficasse mais sério. Não são a regra, é preciso destacar, mas a possibilidade existe. E aparelhos mais modernos contam com mecanismos de segurança que disparam alertas se o paciente cai e fica inconsciente, sofre acidente ou até mesmo infarto.

    As vantagens são consideráveis, mas é preciso fazer uma ponderação: os smartwatches não são, em hipótese alguma, substitutos para o médicos. Devem, portanto, ser usados como complemento ao trabalho realizado por profissionais de saúde, e não adotados como alternativas a exames. “É certo que os smartwatches evoluirão a tal ponto que obrigatoriamente deverão passar pela homologação dos órgãos reguladores”, diz Endrigo. Enquanto isso não ocorre, recomenda-se usá-los com moderação — na hora e na dosagem certas. E, claro, consultar o médico sempre que for necessário.

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    Para todos os bolsos
    De grifes de luxo a empresas de tecnologia, as grandes marcas apostam na popularidade dos relógios inteligentes

    Montblanc Summit Lite
    Montblanc Summit Lite – (./Divulgação)

    Montblanc Summit Lite

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    Preço: 5 500 reais
    Inspirado em clássicos da joalheria, o modelo da Montblanc oferece monitoramento do sono e frequência cardíaca, além de ser resistente à água. É indicado para quem abre mão de algumas funções em nome do estilo.

    Redmi Watch Lite 2
    Redmi Watch Lite 2 – (./Divulgação)

    Redmi Watch Lite 2

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    Preço: 997 reais
    Opção de bom custo-benefício para quem quer acesso às principais ferramentas ligadas às atividades físicas. Além de medir a frequência cardíaca e a qualidade do sono, monitora caminhadas e ajuda no planejamento de corridas.

    Galaxy Watch 4
    Galaxy Watch 4 – (./Divulgação)

    Galaxy Watch 4

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    Preço: 2 200 reais
    O aparelho faz bioimpedância completa: mede a porcentagem de gordura do dono, os níveis de massa muscular e a quantidade de água corporal. Como complemento, também checa a pressão arterial e os batimentos cardíacos.

    Apple Watch series 7
    Apple Watch series 7 – (./Divulgação)

    Apple Watch series 7

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    Preço: 5 100 reais
    Linha mais avançada da Apple, conta com leitor de saturação do sangue, é capaz de fazer eletrocardiogramas e identifica batimentos fora do padrão. Pode ser usado junto com outros aplicativos de esporte e música.

    Publicado em VEJA de 20 de abril de 2022, edição nº 2785

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