No dia 18 de fevereiro, será lançado o jogo de videogame Horizon Forbidden West, sequência de Horizon Zero Dawn, para PlayStation 4 e 5. O game será vendido por cerca de 350 reais e trará a continuação da história da protagonista Aloy, que terá novas armas e habilidades no novo jogo, que mergulha o gamer em um mundo pós-apocalíptico invadido por máquinas.
Horizon Zero Dawn foi um sucesso de público e crítica, com mais de dez milhões de unidades vendidas rendendo mais de 400 milhões de dólares e uma nota de 9,3 na plataforma IGN. VEJA conversou com Benjamin McCaw e Annie Kitain, respectivamente diretor narrativo e escritora sênior da Guerrilla Games, estúdio responsável pela criação do game.
O que mudou de Horizon Zero Dawn para o novo jogo?
Benjamin McCaw: Primeiramente, trata-se do novo capítulo da história de Aloy. Já vimos a protagonista crescer e enfrentar ameaças. Agora, ela verá que esses perigos persistem, e há diversos que ela ainda desconhece. Uma grande mudança é o local: no novo game, Aloy irá para oeste, explorando uma nova fronteira que tem muito a oferecer, além de novos inimigos. A outra grande mudança é em Aloy e suas companhias. Ela sempre foi um pouco solitária, e agora criamos novos laços e conexões e histórias emotivas com que ela se conectará.
Por que é interessante explorar tema tão popular como o embate entre homem e máquina?
Benjamin McCaw: Ainda que o mundo que construímos seja pós apocalíptico, há nele elementos atuais. Hoje, vemos os robôs ganhando força. Por isso, o tema é algo familiar, à medida que as pessoas veem a tecnologia crescer em meio à sociedade. Nós levamos isso ao limite e juntamos esse contexto ao combate, de que os jogadores gostam. É uma história de ficção científica com traços de realidade.
Como é ter uma protagonista feminina?
Annie Kitain: É muito importante. Um dos aspectos mais legais de Aloy é que ela é uma lutadora muito capaz, mas também tem compaixão, inteligência e curiosidade sobre o mundo. Explorar uma história com ela é muito interessante. queremos mostrar quem ela é, como ela cresceu, como ela construiu relações e como isso impulsionou seu crescimento.
Como Horizon Forbidden West competirá com os outros jogos de 2022?
Benjamin McCaw: Ao que tudo indica, este será um ano ótimo para gamers. Como escritores, nós focamos na história e em como ela fará o jogador se sentir. A narrativa de Aloy vai impactar as pessoas, que verão ela sentir o peso do mundo em suas costas e interagir com companhias novas e velhas. Isso tudo é o que nos difere: os jogadores aprenderão muito emocionalmente com o jogo.
Annie Kitain: Uma das partes mais importantes de Aloy é que ela está sempre lutando e tentando salvar o mundo, mas agora exploraremos o fardo que ela sente de tentar se comparar ao legado de outras pessoas.
Existe uma pressão de fazer o novo game ser melhor do que Horizon Zero Dawn?
Annie Kitain: Nós pensamos muito em fazer com que Aloy ainda fosse a personagem por quem se apaixonaram os fãs e, ao mesmo tempo, fazer ela crescer como personagem e sentir novas pressões. Queremos nos certificar que estamos sendo verdadeiros a ela sem deixar de evoluí-la.
Benjamin McCaw: Ninguém foi mais surpreso pelo nosso sucesso do que nós mesmos. Não pensávamos que o jogo seria tão popular quanto acabou se tornando, mas ficamos muito felizes. É muita pressão fazer uma sequência desse jogo, mas acreditamos que as pessoas gostarão muito do resultado. É um jogo para todos, que pode ser muito difícil em termos de combate para quem optar por dificuldades maiores, mas cuja história pode ser explorada por iniciantes, Se você não jogou Horizon Zero Dawn ou até mesmo se você não é um gamer, vale a pena experimentar o novo jogo por sua história.