O site de GIFs animados Giphy levantou 72 milhões de dólares em uma nova rodada de aporte de recursos, de acordo com nota publicada pelo jornal americano The Wall Street Journal nesta segunda-feira. Para a operação, o valor de mercado da empresa foi estimado em 600 milhões de dólares.
Segundo fontes anônimas citadas pelo jornal, o valor de mercado da empresa dobrou entre fevereiro e outubro. No início do ano, o Giphy fez sua primeira rodada de captação de recursos, quando levantou 55 milhões de dólares.
O aporte financeiro na empresa sediada em Nova York fez dobrar também a segunda rodada de investimentos.
Neste mês, a empresa anunciou alguns de seus números. Diariamente, são 100 milhões de usuários acessando seu site, onde é criado mais de 1 bilhão de GIFs por dia. Os internautas assistem a mais de duas de GIF todos os dias no site.
Apesar dos números, a empresa enfrenta dificuldades na construção de um negócio. Ela ainda não descobriu uma maneira de gerar receitas, assim como não possui muitos dos GIFs ou mantém parcerias de distribuição exclusiva.
“Acreditamos que os GIFs estão emergindo com um formato que os consumidores amam e que vai ser muito importante para os anunciantes”, disse Barry Schuler, sócio da Draper Fisher Jurvetson.
GIF é uma abreviação de Graphical Interchange Format e existe desde os primórdios da internet. Os loopings, vídeos curtos e intermináveis, têm ajudado diversos portais considerados mais estáticos. Com a criação dos aplicativos de troca de mensagens, eles se multiplicaram novamente. A Geração Milênio os adotou para se expressar nas redes.
A empresa foi co-fundada em 2013 pelo presidente-executivo Alex Chung e Jace Cooke, que construíram o site como um buscador de GIFs que ganhou popularidade muito rapidamente.
A empresa, que tem cerca de 75 funcionários, desde então melhorou a busca, integrado com dezenas de serviços de mensagens, e tecnologia construído para criar automaticamente GIFs de vídeo ao vivo. “Nós podemos fazer um filme inteiro em questão de segundos”, disse o diretor de operações Adam Leibsohn.
Com o dinheiro injetado, a empresa planeja reforçar seu quadro pessoal e técnicas de criação, diz o diretor de operações Adam Leibsohn.
A próxima ideia da companhia é desenvolver uma biblioteca mais rica de GIFs ligados a eventos desportivos, notícias, filmes e música, bem como clipes relevantes para novos mercados como a China. “Queremos ser o YouTube de GIFs, onde viríamos a criá-los, vê-los e compartilhá-los”, disse.
Entre seus principais rivais estão a Gfycat, que arrecadou 10 milhões de dólares em uma rodada de financiamento em setembro, e a Tenor Inc., fabricante do aplicativo de teclado GIF, que levantou cerca de 15 milhões de dólares, de acordo com seu co-fundador Tenor David McIntosh, que afirma que seu serviço se diferencia com uma melhor tecnologia móvel de pesquisa.
(Da redação)