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Entenda como funciona o chip cerebral da Neuralink, de Elon Musk

Implante foi feito em um humano pela primeira vez e testará a possibilidade de controlar dispositivos como computadores e celulares com o pensamento

Por André Sollitto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 Maio 2024, 16h01 - Publicado em 30 jan 2024, 12h08
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  • O empreendedor Elon Musk, fundador da Tesla e da SpaceX, anunciou que a Neuralink, outra de suas empresas, realizou o primeiro implante de chip cerebral com sucesso. A cirurgia foi realizada no domingo, 28. Em mensagem na rede social X, antigo Twitter, Musk afirmou que os resultados iniciais “mostram promissora detecção de picos de neurônios”. Em outra postagem, afirmou que o dispositivo será chamado Telepatia. O interesse pelo resultado do implante disparou. De acordo com o Google Trends, ferramenta que monitora os termos mais buscados, o nome Neuralink figurava entre os termos mais procurados na plataforma de busca.

    A Food and Drug Administration (FDA), órgão americano que regula serviços de saúde, deu o aval à Neuralink para realizar o primeiro teste em humanos em setembro de 2023. O objetivo é testar uma interface que, em teoria, vai permitir que pessoas com paralisia possam controlar dispositivos com o pensamento. “O chip permite o controle de um computador ou smartphone, e por meio deles, de qualquer outro dispositivo, usando apenas o pensamento”, escreveu Musk. De acordo com o empresário, os primeiros pacientes serão pessoas que perderam o controle dos membros. “Imagine se Stephen Hawking pudesse se comunicar mais rápido do que um datilógrafo ou um leiloeiro. Esse é o objetivo”, disse.

    O dispositivo tem o tamanho aproximado de uma moeda e centenas de minúsculos eletrodos. Os picos são atividades dos neurônios, células que usam sinais químicos e elétricos para enviar informação do cérebro para o resto do corpo. O chip da Neuralink vai identificar esses impulsos e ajudar a contornar limitações, regenerando partes do cérebro responsáveis pelos movimentos.

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    O implante representa um marco importante para o avanço de tecnologias que buscam recuperar os movimentos perdidos de pacientes. Agora, a Neuralink faz parte de um pequeno grupo de empresas e pesquisadores que receberam permissão para fazer testes em humanos. Mas há riscos. Além de ter certeza que a cirurgia de implante e o próprio chip não causam danos ao cérebro, nem provocam a disseminação de doenças contagiosas.

    Musk é conhecido por fazer declarações bombásticas, mas muitas dessas promessas nunca são cumpridas. Em 2016, por exemplo, afirmou que seus carros Tesla poderiam dirigir de forma autônoma de Nova York a Los Angeles e que sua outra empresa, SpaceX, teria chegado a Marte em 2018. Até agora, nenhuma das duas promessas se tornou realidade. Em 2017, afirmou que os primeiros produtos da Neuralink estariam no mercado em no máximo quatro anos, mas foi necessário um prazo maior.

    Agora, ele afirma que a empresa já trabalha em outros projetos, como o Blindsight, que seria capaz de recuperar a visão de pacientes cegos.

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