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Criador do ChatGPT defende regulação para Inteligência Artificial

Sam Altman está no Brasil para participar de seminário sobre futuro da tecnologia desruptiva

Por Ricardo Ferraz 18 Maio 2023, 23h07
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    Criador do ChatGPT, Sam Altman (segundo da direita para esquerda) participa de seminário sobre IA, no Museu do Amanahã, no Rio de Janeiro (Divulgação Fundação Lemann/Divulgação)

    Sam Altman, o criador do ChatGPT, tem uma visão otimista quanto ao futuro mediado pela Inteligência Artificial. Enquanto companhias, como a British Telecom anuncia que ira cortar mais de 40% da força de trabalho até 2030, subsitutindo-a por softwares inteligentes, o  CEO da OpenIA, empresa que tem impressionado os usuários com suas ferreamentas capazes de apresentar soluções imediatas para problemas complexos, não acredita que as máquinas irão substituir os humanos. 

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    “Muitos empregos vão desaparecer, isso é uma coisa que acontece em revoluções tecnológicas. Mas, no geral, são ferramentas boas para fazer tarefas, mas não para um trabalho total. Coisas incríveis vão acontecer e eu acho que todos ficaremos surpresos, o quão ricos, criativos e excitantes serão as novas oportunidades”, afirmou Altman, que está no Brasil e participou do seminário “O Futuro da IA e o Brasil”, organizado pela Fundação Lemann, no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro. 

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    O encontro, mediado por Deniz Mizne, diretor-executivo da Fundação Lemann, contou com a participação também de Nina da Hora, cientista da computação e Felipe Such, brasileiro que é programador e membro do corpo técnico da OpenAI. 

    Sam fez questão de ressaltar que é difícil fazer previsões, mas que algumas tarefas poderão ser totalmente substituídas pela tecnologia e os humanos terão de desenvolver habilidades específicas para lidar com elas. “Estamos falando de ferramentas e não de criaturas. IA são muito boas para fazer tarefas, mas não trabalhos inteiros. Os humanos terão de descobrir o que eles querem criar e quais são as perguntas que precisam ser feitas para chegar a novas ideias”, disse.

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    O debate em torno do futuro do trabalho está diretamente ligado às discussões quanto à regulação da tecnologia. Sam fez questão de afirmar que é favorável à criação de regras para a Inteligência Artificial não prejudique a humanidade, mas ponderou que não se pode exagerar nos marcos regulatórios não frearem o desenvolvimento da tecnologia, que, segundo ele é “imparável”.

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    “São sistemas que influenciam o mundo e precisamos de estrutura internacional pra lidar com isso. Cada país irão apresentar sua regulação, mas o mais importante é ter padrões de segurança, auditorias externas e politicas governamentais para reforçar isso. Demoramos mais de oito meses parra lançar o ChatGPT depois de ele estar pronto, futuras tecnologias, talvez levem mais tempo”, ressaltou. 

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    Outro dilema ético trazido ao debate é o viés de gênero e raça apresentado em respostas dos algorítmos às perguntas dos humanos. Estudos recentes revelaram que as fontes mais usadas pelas tecnologias de Inteligência Artificial não apresentam diversidade. Denis Mizne contou, durante a conversa, que perguntou ao ChatGPT quem deveria compor a mesa para participar do debate e todos os apontados eram homens brancos.

    “Um dos erros que as empresas do Vale do Silício fez no passado é continuar encerrado no ecosistema digital de São Francisco. Uma das coisas fascinantes da IA é a capacidade que ela tem de aprender com milhões de pessoas do mundo inteiro, ensinando sobre valores injustiças e dizendo ‘isso é importante para mim’, é isso o que tem de ser incluído no sistema como possibilidade. Um estudo recente mostrou que o sistema é menos tendencioso a ter vieses do que humanos, que são treinados para isso”, garantiu Sam.

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