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Como drones e outras tecnologias estão ajudando a resgatar vítimas no RS

Em uma semana, mais de 20 mil pessoas foram salvas por esforços conjuntos que incluem plataformas online e aplicativos

Por Luiz Paulo Souza Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 8 Maio 2024, 15h58 - Publicado em 6 Maio 2024, 18h27

Pelo menos desde a última terça-feira, 30, fortes chuvas atingem o estado do Rio Grande do Sul. Embora as tragédias sejam inúmeras, a situação de emergência também gerou uma imensa onda de solidariedade. De acordo com o Governo Federal, até o último domingo foram pelo menos 20 mil vidas salvas. Além da força humana, que conta com pelo menos 900 militares e outras centenas de voluntários, a tecnologia também está sendo uma aliada nesse trabalho. 

Drone da FAB

Exército, Marinha e Aeronáutica disponibilizaram um grande número de equipamento para auxiliar nos resgates. Foram pelo menos quatro aeronaves, 30 helicópteros, 85 equipamentos de engenharia, 182 embarcações e 866 viaturas. Agora, os oficiais também contam com uma Aeronave Remotamente Pilotada (ARP), conhecida popularmente como drone. 

O equipamento é um dos RQ-900 localizados na base aérea de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, e faz parte do Esquadrão Hórus, do 12º Grupo de Aviação. Com autonomia de mais de 30 horas de novo, drone conta com 10 câmeras de alta resolução que permitem monitorar uma extensa área e será utilizado para localizar “pessoas isoladas, em situação de risco e com necessidade de resgate.”

A Força Aérea recomenda que ao visualizar ou ouvir a aeronave, as pessoas que precisam de resgate saiam dos abrigos, sinalizem ou façam marcas em alguma superfície, de forma a facilitar a identificação para que o apoio seja realizado.

Em nota a VEJA, a empresa israelense Elbit Systems, fabricante do equipamento, informou que o modelo, antes disponível apenas para os militares do país, é um dos principal entre os veículos aéreos não tripulado de longa Duração e média altitude e que o Brasil foi um dos seus primeiros usuários.

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“Embora o Hermes 900 tenha sido originalmente projetado para missões militares de inteligência, vigilância e reconhecimento, suas características avançadas, variedade de cargas úteis e flexibilidade operacional também possibilitam seu uso dual para aplicações civis e paramilitares, como patrulha de fronteira, desmatamento, avalanches, proteção oceânica contra vazamentos de óleo, incêndios e até inundações”, diz a mensagem.

Durante a copa do mundo de 2014, quando os primeiros equipamentos desse modelo já tinham sido entregues ao Brasil, ele foi utilizado no monitoramento de segurança dos jogos. Ainda de acordo com a empresa, no Chile essa versão do drone é utilizada anualmente para o combate a incêndios.

SOS RS

Além dos canais habituais de contato, a Defesa Civil do Estado do Rio Grande do Sul está contanto com a ajuda do aplicativo SOS RS. Criado voluntariamente por professores da UniRitter, se trata de um formulário de geolocalização em que grupos de voluntários ou pessoas que precisam de ajuda informam o local e quantidade de pessoas que precisam de resgate.  

Numa parte de acesso restrito, a Defesa Civil e voluntários com equipamentos de resgate podem ter acesso a esses locais e conseguem ver quais deles estão ou não recebendo algum tipo de assistência.  

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Simples e funcional, o sistema foi criado em menos de um dia. “Estávamos recebendo muitos chamados de familiares, amigos, conhecidos e vimos que por meio da tecnologia seria mais fácil conectar qualquer pessoa com equipamento náutico aos que estavam precisando de auxílio”, disse a VEJA Sandra Henriques, professora que integrou o grupo de criação do aplicativo SOS RS. “De domingo até hoje já temos mais de 800 chamados. É uma felicidade imensa saber que estamos conseguindo dar esse suporte e auxiliar nessa crise sem precedentes.”

Plataformas online

Além de intermédios para resgate, plataformas online como o Voaa e o Benfeitoria permitem a doação para grupos e instituições que estão fazendo a ajuda chegar aos moradores, como o Instituto Razões, a Central Única das Favelas e a Ação da Cidadania. 

“A solidariedade neste momento vai fazer toda diferença”, afirma Henriques, que pede a colaboração de quem também puder auxiliar presencialmente. “Qualquer pessoa que tenha condições de ajudar, com embarcações ou carros 4X4, podem se integrar aos grupos de resgate e ampliar o número de vítimas salvas.”

Para quem tem itens para doar, rede de agências dos Correios nos estados de São Paulo e do Paraná, além de parte das unidades do Rio Grande do Sul, estão recebendo alimentos da cesta básica, produtos de higiene pessoal, material de higiene seco e itens de vestuário para destinar aos moradores das regiões afetadas.

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