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Vacina contra infecções respiratórias graves é liberada para pessoas acima de 50 anos com comorbidades

Imunizante que previne Vírus Sincicial Respiratório vale para pessoas da faixa etária com doenças cardíacas, renais ou diabetes

Por Victória Ribeiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 20 nov 2025, 11h42 - Publicado em 20 nov 2025, 11h30

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a ampliação do uso da vacina contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) para adultos entre 50 e 59 anos com comorbidades, como doenças cardíacas, renais ou diabetes. Até então, o imunizante — produzido pela biofarmacêutica GSK e aprovado no Brasil desde dezembro de 2023 — era indicado apenas para pessoas com 60 anos ou mais.

Embora menos comentado do que gripe ou covid-19, o VSR foi o principal responsável pelos casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) no Brasil em 2024, tendência que continua em 2025. O vírus, pertencente à família Pneumoviridae, tem dois subtipos (A e B) e se espalha com facilidade pelas vias aéreas. Entra pelo nariz ou pela boca, infecta as células e pode avançar até os pulmões, desencadeando inflamação.

O contato com o VSR é praticamente universal: até os dois anos de idade, quase todas as crianças já tiveram exposição ao vírus. Em muitos casos, ele passa despercebido; em outros, causa quadros como bronquiolite, uma infecção viral que inflama os bronquíolos, pequenas vias aéreas dos pulmões. Mas o risco não se limita aos pequenos. Em pessoas mais velhos, especialmente aquelas com doenças crônicas, a queda natural da imunidade cria um ambiente propício para o vírus progredir e provocar complicações pulmonares.

“A ampliação da vacina VSR para adultos de 50 a 59 anos oportuniza mais uma forma de proteção para um grupo vulnerável e que corre risco de complicações graves, como pneumonia, agravamento de doenças crônicas, longas internações e óbito”, afirma Isabella Ballalai, diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

Estudos apontam que o vírus pode responder por até 15% dos casos de pneumonia em adultos. E muitos quadros passam despercebidos, confundidos com um resfriado comum, já que os sintomas incluem coriza, tosse, febre e mal-estar. A dinâmica dentro das casas também é preocupante, já que crianças pequenas frequentemente infectadas podem transmitir o vírus para adultos mais velhos. Quem convive com crianças contaminadas tem até 22,6 vezes mais chances de desenvolver a infecção.

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Estudos

A decisão da agência se apoia em resultados de um ensaio clínico global de fase III, que demonstrou uma forte resposta imune em adultos de 50 a 59 anos com condições crônicas, resposta comparável à observada em pessoas com 60 anos ou mais. O estudo avaliou a imunogenicidade e a segurança da vacina nesse grupo e apresentou evidências robustas de que a Arexvy (nome que leva a vacina desenvolvida pela GSK) reduz o risco de Doença do Trato Respiratório Inferior (DTRI) causada pelo VSR.

A análise dos dados também mostrou que a vacina possui um perfil de segurança favorável. Os eventos adversos mais comuns são leves a moderados e duram, em média, de um a dois dias. Entre as reações relatadas estão dor, vermelhidão e inchaço no local da aplicação, dor de cabeça, fadiga, dor muscular e dor nas articulações, sintomas comuns após a vacinação. A imunização, no entanto, deve ser adiada em casos de doença febril moderada ou grave e é contraindicada para pessoas com hipersensibilidade a qualquer componente do imunizante, uma decisão que deve ser tomada com um profissional de saúde.

Além da vacinação, por enquanto restrita à rede particular, medidas simples ajudam a conter a transmissão do vírus: lavar as mãos com frequência, evitar tocar o rosto sem higienização prévia, cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar, evitar contato próximo com pessoas doentes, desinfetar superfícies e permanecer em casa quando houver sintomas respiratórios.

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