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Vacina: Pfizer amplia em 55% número de voluntários no Brasil

O número de participantes no Brasil passará de 2 mil para 3,1 mil; voluntários com HIV e hepatite poderão ser recrutados

Por Giulia Vidale Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 28 set 2020, 20h09 - Publicado em 28 set 2020, 19h32

O estudo fase 3 da vacina desenvolvida pela farmacêutica americana Pfizer em parceria com a empresa alemã BioNtech irá recrutar mais 1.100 voluntários no Brasil, além dos 2.000 já anunciados, totalizando 3.100 pessoas, segundo informações a VEJA dos centros de pesquisa à frente do estudo. Outras alterações no protocolo incluem: recrutamento de pacientes com HIV e hepatite, e eliminação da idade máxima limite de 89 anos.

Na sexta-feira, 18, a Anvisa já havia autorizado a inclusão de adolescentes a partir de 16 anos. A previsão é que o novo perfil de voluntários seja recrutado a partir desta semana. Esse é o primeiro estudo no Brasil que autoriza a inclusão de pessoas com essas condições de saúde e de adolescentes. De acordo com Cristiano Zerbini, diretor do Centro Paulista de Investigação Clínica (Cepic) e coordenador do estudo em São Paulo, as alterações mostram que os dados de segurança e efetividade da vacina, em avaliação constante por um comitê independente, são positivos. “Essa abertura só pode ser feita com dados de segurança e efetividade bons”, afirma Zerbini.

LEIA TAMBÉM: Como fica a saúde do adolescente em tempos de pandemia?

No Brasil, o estudo está sendo realizado em São Paulo, no Cepic, e em Salvador, no Centro de Pesquisa Clínica das Obras Sociais Irmã Dulce. Com a nova ampliação, serão 1.350 voluntários em São Paulo e 1.750 em Salvador. Até o momento, mais de 1.900 voluntários já receberam a primeira dose da vacina ou do placebo, sendo 1.050 na capital baiana e 903 em São Paulo.

Segundo o pesquisador e infectologista Edson Moreira, coordenador do Centro de Pesquisa Clínica das Obras Sociais Irmã Dulce, a previsão é que até a última semana de outubro todos os voluntários do centro já tenham sido vacinados. Não há necessidade de ser profissional de saúde para participar do estudo.

Quem tiver interesse, basta se inscrever pelo site das instituições. “Esse é um estudo aberto. Aceitamos todos que estejam interessados. É bom que tenhamos pessoas que queiram contribuir”, afirma Zerbini.

A ampliação faz parte da estratégia global da companhia. Recentemente, a Pfizer anunciou a ampliação do número de voluntários no mundo da última etapa de testes clínicos de 33.000 para 44.000 pessoas. Nas últimas semanas, a Anvisa também autorizou a ampliação do número de voluntários do estudo da Astrazeneca e da CoronaVac. Quanto mais pessoas vacinadas, maior a probabilidade dos resultados de eficácia saírem mais rápido.

A Pfizer espera ter resultados preliminares sobre a eficácia de seu imunizante em outubro. É necessário que 164 voluntários do estudo desenvolvam a doença para que seja possível avaliar se a vacina tem os 60% de eficácia definidos pela empresa em seu protocolo de estudo. Mas uma primeira análise já será realizada após apenas 32 casos.

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Pandemia no Brasil

Nesta segunda-feira, 28, a média móvel de novas notificações da doença foi de 26.770,9 e a de novos óbitos de 683,7. A média móvel semanal é calculada a partir da soma do número de casos e mortes nos últimos sete dias, dividida por sete, número de dias do período contabilizado – o que permite uma melhor avaliação ao anular variações diárias no registro e envio de dados pelos órgãos públicos de saúde, problema que ocorre principalmente aos finais de semana.

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