Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Vacina da gripe é testada para o tratamento do infarto

Médicos querem saber se a imunização pode surtir efeitos positivos se aplicada logo após o diagnóstico do problema

Por Mariana Rosário Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 17 mar 2021, 17h41 - Publicado em 20 fev 2020, 18h12

Uma pesquisa de cardiologistas, coordenada pelo Hospital Israelita Albert Einstein em parceria com o Instituto do Coração (InCor) e mais 41 instituições médicas, testa o uso de vacinas da gripe como um importante aliado no tratamento emergencial de pacientes com quadro de infarto agudo.

O estudo avalia o impacto da aplicação de duas doses no momento em que o paciente é diagnosticado com o problema. Para as análises, foram escaladas 9 000 pessoas com o problema cardíaco na faixa etária dos 60 aos 65 anos. As primeiras conclusões do trabalho — que levará em conta tanto a recuperação quanto os riscos de reincidência de um novo infarto — devem ser publicadas em dezembro do ano que vem. Até lá, os participantes passam por exames clínicos de sangue e de imagem para acompanhamento da evolução do quadro de saúde.

“Se nossa hipótese for confirmada, o atual protocolo médico utilizado para o atendimento de pacientes infartados pode sofrer mudanças “, diz Otávio Berwanger, cardiologista e diretor executivo da área de pesquisa do Hospital Israelita Albert Einstein. Todas as etapas do estudo são realizadas em parceria com Ministério da Saúde por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS).

LEIA TAMBÉM

A ameaça do infarto em adultos jovens

Por que pessoas com doenças crônicas devem tomar vacina contra a gripe

Vacina da gripe: o que muda em 2021

Método de prevenção

A pesquisa surge amparada em diretrizes médicas nacionais e internacionais que recomendam a imunização anual contra o vírus Influenza em todos os pacientes considerados de alto risco, o que inclui homens e mulheres com infarto. A relação entre os dois se dá em um processo anterior ao entupimento das artérias. “Antes de tudo, há uma inflamação, que é um dos gatilhos para que as placas de gordura se formem e se rompam”, explica Roberto Kalil Filho, presidente do InCor. “Isso facilita o desenvolvimento de coágulos com consequente obstrução dos vasos, acarretando o infarto”.

Continua após a publicidade

Quando o paciente toma a vacina, melhora a imunidade, diminui os riscos de infecção respiratórias e ajuda a evitar as alterações vasculares que trazem o desenvolvimento do infarto.

O novo estudo, no entanto, levaria o uso da vacina a outro patamar, tornando-a parte do grupo de remédios recomendados aos pacientes no momento da internação em decorrência de um infarto. “É um passo além do que já conhecemos”, diz Berwanger.

Enquanto a pesquisa não revela suas primeiras conclusões, a orientação dos profissionais aos pacientes é que sigam tomando doses recomendadas durante as campanhas de vacinação.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.