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Uso de smartphones pode aumentar risco de cegueira, aponta estudo

A luz azul emitida pela tela dos celulares e por outros dispositivos eletrônicos provoca a morte das células fotorreceptoras

Por Da Redação
Atualizado em 15 ago 2018, 17h07 - Publicado em 14 ago 2018, 19h36
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  • Enquanto você lê esta matéria, pode ser que algumas células da sua retina tenham morrido. Pelo menos é o que indica estudo publicado na revista Scientific Reports. Segundo os pesquisadores, a luz azul – emitida pelas telas de smartphones, laptops e outros dispositivos digitais – é extremamente prejudicial à visão.

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    Os pesquisadores alertam para o fato de que estamos constantemente expostos a esses dispositivos e que as estruturas do olho, como a córnea e a retina, não são capazes de bloquear ou refletir essa luz, deixando-nos vulneráveis a efeitos danosos.  O grande risco é que a exposição prolongada à luz azul provoca a morte das células fotorreceptoras (sensíveis à luz), uma das causas da degeneração macular, uma condição incurável que causa cegueira.

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    Os resultados do estudo atual foram baseados na análise de imagens de células vivas. O experimento revelou que a luz provoca alterações na membrana plasmática das células oculares, interrompendo suas funções. Segundo os cientistas, o estudo conseguiu elucidar como esses danos ocorrem, o que pode ajudar na criação de tratamentos capazes de retardar a degeneração macular.

    Prejuízos à visão

    A equipe explica que o contato da retina com a luz azul desencadeia reações que destroem as células fotorreceptoras. Uma vez destruídas, elas não se regeneram; portanto, não é possível reverter o dano.

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    Os cientistas também descobriram que, em laboratório, a luz azul é capaz de causar a morte de células de outras partes do corpo, como as cardíacas e os neurônios, por exemplo. “A toxicidade gerada pela luz azul é universal. Pode matar qualquer tipo de célula”, explicou Ajith Karunarathne, principal autor da pesquisa, ao The Guardian.

    “Ao aprender mais sobre os mecanismos da cegueira em busca de um método para interceptar reações tóxicas causadas pela combinação de luz azul e retina, esperamos encontrar uma maneira de proteger a visão das crianças que crescem em um mundo de alta tecnologia”, disse Karunarathne à Fox News.

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    Enquanto isso, os pesquisadores recomendam o uso de óculos com lentes que possam filtrar luz UV e luz azul, assim como evitar usar equipamentos eletrônicos no escuro, para diminuir os riscos de danos à visão.

    Embora os cientistas tenham investigado os mecanismos pelos quais a luz azul pode prejudicar a visão, ainda são necessários mais estudos para medir o real impacto do uso desses dispositivos no surgimento de doenças.

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    Degeneração macular

    A degeneração macular consiste em um comprometimento da mácula, pequena área da retina responsável pela visão dos detalhes. Quando a mácula é lesionada, os primeiros sintomas aparecem, como o embaçamento e a aparição de uma mancha escura no centro da visão. A doença costuma surgir com a idade, principalmente em pessoas acima de 60 anos, sendo por isso conhecida como degeneração macular relacionada à idade (DMRI). Entretanto, a exposição à luz azul pode acelerar esse  processo de morte celular. Outros fatores de risco envolvem histórico familiar, fumo e obesidade.

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    A DMRI consiste na destruição lenta e progressiva das células. Aos poucos, a retina morre, deixando um ponto cego que não pode ser revertido. A cirurgia pode reduzir a progressão da doença. O problema afeta tanto a visão de longe quanto a de perto, mas não prejudica a lateral ou periférica. Ainda assim, dificulta ou impede a realização de atividades simples como a leitura. No Brasil são registrados cerca de 2 milhões de casos por ano.

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