Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Uso de cadeirinha no carro reduz número de mortes em 60%, diz OMS

Bolsonaro enviou projeto de lei à Câmara dos Deputados em que põe fim às multas para quem não usa o equipamento para crianças

Por Redação
Atualizado em 6 jun 2019, 15h59 - Publicado em 6 jun 2019, 15h33

Esta semana, o presidente Jair Bolsonaro enviou um projeto de lei à Câmara dos Deputados que põe fim às multas para quem não transportar crianças em cadeirinhas de segurança. Especialistas criticam a decisão, já que o uso do equipamento pode reduzir significativamente o número de ferimentos e mortes em caso de acidente: a redução pode chegar a 60%, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

No Brasil, desde que o uso se tornou obrigatório, o número de mortes de crianças de até 9 anos no trânsito caiu 12,5%. “Os assentos de carros foram pensados para um adulto. Uma cadeirinha, adaptada ao corpo e à massa da criança, é a única forma de garantir segurança a ela”, ressaltou Gabriela Guida, da ONG Criança Segura.

Em relatório de 2018, a OMS indicou que 84 países têm legislação nacional de retenção para crianças, incluindo o Brasil. Entre estes, 33 países, com 9% da população mundial, cumprem critérios de melhores práticas em sistemas de retenção para crianças. De acordo com a entidade, os países europeus são os que apresentam as medidas mais seguras, com legislações sobre o tema e padrões de restrição tanto para bebês quanto para crianças maiores. Isso significa que os demais países, como o Brasil, precisariam implantar regras mais efetivas para melhorar os resultados.

No entanto, se aprovado, o novo projeto de lei deve prejudicar os ganhos alcançados até agora. Por causa disso, especialistas em segurança criticam a decisão de Bolsonaro. “Se estamos retirando uma infração que é comprovada pela OMS e por atores internacionais, como medida levada a sério no mundo, [o governo] está contribuindo para promover mais mortalidade de jovens e crianças”, comentou Pedro de Paula, da Iniciativa Bloomberg para Segurança Global no Trânsito.

Para protestar contra o projeto de lei, na última quarta-feira 5 a ONG Criança Segura, em parceria com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), lançou um manifesto afirmando que a medida representa “riscos à integridade das crianças”.

Continua após a publicidade

Proteção

De 2008, ano em que as cadeirinhas se tornaram obrigatórias no país, até 2017, o número de mortes de crianças de até 9 anos que ocupavam veículos caiu de 319 para 279, uma redução de 12,5%, segundo dados do Ministério da Saúde tabulados pela ONG Criança Segura. Para Gabriela, o uso do equipamento é um dos fatores que explicam a queda. “Sabemos que nem todos usam, mas, antes da lei, as pessoas nem sabiam que a cadeirinha existia”, disse. Pesquisa da Iniciativa Bloomberg indica que, em São Paulo, 53% usam os assentos com crianças de até 11 anos.

O analista de sistemas Giuliano Russo Fusari, de 37 anos, conhece a importância por experiência própria. Em 2014, sofreu acidente de carro quando estava com os dois filhos – um de 5 e uma de 1 ano e 3 meses. Eles não se feriram. “Meu filho me chamou, porque tinha uma vespa no carro. O semáforo tinha acabado de abrir. Virei e vi a vespa. Virei de novo para tentar espantá-la. Foi quando o carro subiu na calçada e capotou. Bati a cabeça no volante e o vidro do passageiro quebrou. O carro ficou com as rodas para cima e meus filhos ficaram pendurados na cadeirinha. Acho que, se não fosse por ela, teriam se machucado”, contou.

(Com Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.