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Ultrafarma notifica judicialmente rede de farmácias concorrente

Empresa tem nome e logomarca semelhantes aos da Ultrafarma Popular, nova marca do empresário Sidney Oliveira

Por Abril Branded Content
11 mar 2020, 18h27
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  • Fundada há quase 22 anos, a Ultrafarma rapidamente alcançou número de lojas e faturamento comparáveis aos das maiores redes de farmácias brasileiras. Com layout padronizado, foco no bom atendimento e uma defesa histórica dos medicamentos genéricos, a empresa e seu fundador, o empresário Sidney Oliveira, se tornaram uma referência nesse mercado — inclusive por suas ações de comunicação e marketing, que nos últimos anos receberam investimento anual médio da ordem de 35 milhões de reais. 

    Em 2019, a empresa começou a colocar em prática uma nova iniciativa, o sistema de licenciamento de produtos mais em conta, a Ultrafarma Popular. Mas, recentemente, a companhia descobriu que uma rede concorrente vem se valendo de um nome e uma logomarca muito semelhantes aos do seu lançamento. Fundado em 2012, o competidor alterou sua identidade visual em 2018 e vem provocando confusão entre os consumidores fiéis da rede original Ultrafarma. “Essa empresa está se apropriando da força da nossa marca e induzindo ao erro o consumidor”, afirma Sidney Oliveira. Na entrevista, a seguir, ele explica o caso e informa que está notificando judicialmente tanto a rede quanto as farmácias ligadas a ela.

    De que forma funciona a nova Ultrafarma Popular?

    A Ultrafarma Popular é um sistema de licenciamento que tem um rígido controle do negócio, do índice de produtos, do preço e do respeito com o consumidor. Comecei esse projeto há um ano, criamos uma loja piloto, que deu certo. Agora, estamos entrando no mercado. Vamos abrir 75 lojas dessa rede nos próximos 70 dias, com a meta de chegar a

    1 000 unidades da Ultrafarma Popular em três anos. Muitas estão perto de abrir, ainda fazendo as reformas necessárias junto às duas empresas homologadas para implementar nossos projetos. É uma rede de medicamentos a preços mais acessíveis, com a mesma qualidade que o consumidor conhece na Ultrafarma e que a diferencia no mercado há duas décadas.

    Quando o senhor descobriu que havia uma rede se utilizando de um nome e uma logomarca semelhantes  aos da Ultrafarma Popular?

    Eles iniciaram no interior, longe das maiores capitais. Mas começaram a chegar mais perto. De repente, quando as pessoas encontravam comigo, falavam coisas como “que bom, você abriu uma farmácia lá perto de casa”, mas eu não tenho farmácia naquele bairro. Também recebemos reclamações de clientes que achavam que compraram na Ultrafarma. Adquiriam produtos nessa rede e entravam em contato conosco porque estavam convictos de que haviam entrado em uma loja da nossa rede. E não haviam.

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    Qual é a diferença entre a Ultrafarma e essa rede com logo parecido?

    Ela é uma rede que apenas licencia a marca. Tem perto de 800 lojas, e cada uma é de um proprietário, cada uma tem um padrão, uma maneira de trabalho. O associado atua como quer. Na Ultrafarma, é diferente. Se você comprar na internet ou em qualquer loja, é o mesmo preço, todas as unidades seguem um padrão, temos supervisores que fazem visitas surpresa para monitorar se todos os padrões, desde o layout até o atendimento, estão sendo respeitados. São formatos pensados visando ao melhor atendimento possível — tanto é verdade que muitas farmácias que migram para nossa rede observam um aumento de 400% no faturamento logo no primeiro mês. Essa rede com logomarca semelhante só está crescendo porque se apoiou na marca que eu construí ao longo de duas décadas de muito trabalho. Nem sequer investem em comunicação, porque não precisam, afinal seguem na nossa sombra. Aliás, o CNPJ da detentora daquela marca nem prevê a atuação na área de farmácias. Eles prejudicam o consumidor, que entra na loja acreditando que está sendo atendido em uma Ultrafarma.

    Como a sua empresa reagiu a essa ação do concorrente?

    Notificamos judicialmente a rede de farmácias para que retire a identidade visual  semelhante à da Ultrafarma. Também enviamos notificações extrajudiciais a cada uma das farmácias dessa rede, informando que pretendemos pedir uma indenização equivalente a 5 000 reais por dia, por loja. Algumas dessas farmácias já mudaram a identidade visual, nos mandaram foto para comprovar que se adaptaram. Outras, inclusive, estão migrando para se tornar parte da rede Ultrafarma.

     

    Uma rede desbravadora

    A Ultrafarma foi pioneira no lançamento dos genéricos no Brasil.

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    Quando surgiram os medicamentos genéricos, na mesma época em que a Ultrafarma foi fundada, o segmento passava por muita turbulência e as multinacionais se recusaram a comprar os genéricos. “Diziam que o faturamento ia cair demais”, conta Sidney Oliveira, que decidiu ser o garoto-propaganda de sua própria empresa. “Eu ia para a TV dizer para as pessoas que eu era o dono, que elas podiam me cobrar. 

    Eu ficava o dia inteiro dentro da primeira Ultrafarma, atendia pessoalmente os clientes.” Desde o começo, a Ultrafarma defendeu a bandeira do genérico, por acreditar que a população merece ter acesso a medicamentos de qualidade e a preços acessíveis. 

     

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    (Mariana Pekin/Estúdio ABC)
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