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Toxoplamose: surto da doença em SP pode ter começado em restaurantes

A capital paulista registrou 45 casos da doença em bairros de diferentes regiões

Por Redação
15 Maio 2019, 18h19

A capital paulista registrou três surtos de toxoplasmose desde março, segundo a Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa). Ao todo foram 45 casos da doença, encontrados em bairros de diferentes regiões de São Paulo. A suspeita é de que os casos tenham ocorrido por transmissão alimentar em restaurantes da cidade. A constatação ocorreu após denúncias na Ouvidoria do Sistema Único de Saúde (SUS) e identificação de casos individuais de toxoplasmose.

Em nota, a pasta informou que as ocorrências começaram a ser monitorados em março deste ano depois que a própria Covisa recomendou a notificação de casos agudos da doença com o objetivo de identificar situações de risco, como fontes de alimento e água contaminados, que possam estar contribuindo para o surgimento destes casos. A recomendação foi feita uma vez que a doença não é de notificação compulsória (apenas em casos em gestantes e de toxoplasmose congênita).

Os surtos permanecem em investigação, mas a Vigilância não informou o nome dos estabelecimentos monitorados devido a normas internas. No entanto, segundo reportagem da VEJA SÃO PAULO, clientes de um bar em Pinheiros, na zona oeste da capital, afirmam ter contraído toxoplasmose em abril após comer no local.

No ano passado, foram registrados 800 casos na cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Em abril deste ano, Campinas notificou onze casos compatíveis com toxoplasmose em uma escola particular da cidade, segundo a imprensa local.

Toxoplasmose

De acordo com o Ministério da Saúde, a toxoplasmose é uma infecção (congênita ou adquirida) provocada pelo Toxoplasma gondii, protozoário encontrado em fezes de gatos e outros felinos, que pode infectar humanos e animais. A doença é causada pela ingestão de água ou alimentos contaminados. Por causa disso, recomenda-se cozinhar bem os alimentos, lavar cuidadosamente frutas e verduras, consumir água tratada e trocar a caixa de areia do gato diariamente para evitar contaminação.

Os sintomas da toxoplasmose geralmente são leves (similares aos da gripe ou dengue), como febre, dores musculares e alterações nos gânglios linfáticos, mas a maioria dos indivíduos contaminados pela primeira primeira vez não apresenta sintomas. No entanto, certos estágios da doença podem causar complicações, como toxoplasmose congênita (bebês recém nascidos infectados durante a gestação), toxoplasmose ocular (que pode causar redução visual grave) e toxoplasmose cerebral (lesões na massa cerebral). As duas últimas são mais comuns em pessoas com sistema imunológico enfraquecido, como pacientes tratamento oncológico, portadores de HIV ou transplantados.

O diagnóstico baseia-se na associação das manifestações clínicas com a confirmação por meio de exames sorológicos. Já o tratamento da toxoplasmose consiste no combate aos sintomas. No caso de grupos vulneráveis, é necessário acompanhamento médico especializado. Para ambos os casos, o tratamento está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS).

A Covisa alerta que “o contato com gatos não causa a doença. O perigo está no contato com as fezes contaminadas do felino e no consumo de água contaminada e alimentos contaminados mal lavados, mal cozidos ou ingeridos crus”. Segundo o Ministério, esta é a zoonose – doenças transmitidas por animais – com maior incidência no mundo. 

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