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Suplementos vitamínicos são inúteis, aponta estudo

Vendidos como parte essencial da dieta, a maioria dos multivitamínicos não garante benefícios à saúde, segundo os cientistas

Por Da Redação
Atualizado em 30 Maio 2018, 17h57 - Publicado em 30 Maio 2018, 16h18

Nova revisão de dados e ensaios publicados entre janeiro de 2012 e outubro de 2017 constatou que grande parte dos multivitamínicos populares não apresenta vantagem real para a saúde.

O estudo, publicado pelo Journal of American College of Cardiology, mostrou ainda que não há evidências de que tomar essas medicações realmente diminua os riscos de doença cardiovasculares, como ataque cardíaco, AVC ou morte prematura. “Ficamos surpresos ao descobrir tão poucos efeitos positivos dos suplementos mais comuns que as pessoas consomem”, disse David Jenkins, principal autor do estudo, ao Science Alert.

Vitaminas A e D, e cálcio

Os suplementos vitamínicos e minerais são amplamente vendidos como essenciais para a dieta das pessoas, especialmente aquelas que têm uma rotina agitada e não conseguem ingerir a quantidade diária necessária para garantir uma vida saudável.

No entanto, os pesquisadores do Hospital Saint Michael e da Universidade de Toronto, ambos no Canadá, revelaram que os polivitamínicos de vitamina C – usualmente associada ao combate a gripes e resfriados – e vitamina D – importante para manter o equilíbrio mineral do corpo -, assim como os suplementos de cálcio – comumente conhecidos por melhorar a saúde óssea – não prejudicam a saúde, mas tomá-los não traz nenhum benefício aparente.

Apesar disso, os pesquisadores lembram que, como a vitamina D é muito difícil de ser obtida por meio da alimentação, caso um indivíduo apresente deficiência desse nutriente, os suplementos podem ser eficazes. As pessoas também podem conseguir parte da quantidade essencial dessa vitamina através da exposição ao sol, mas sempre seguindo a orientação de um médico.

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Para o combate aos efeitos do resfriado ou da gripe, a recomendação é o zinco – encontrado em alimentos como frango, castanha e espinafre – e não a vitamina C.

Riscos: vitamina B3 e antioxidantes

O estudo demonstrou também que a niacina, uma forma de vitamina B3, e os antioxidantes foram associados a um maior risco de morte por qualquer causa. Os cientistas comentaram que esses riscos, embora pequenos, podem estar relacionados aos efeitos adversos da niacina nos níveis de açúcar no sangue. Já os prejuízos oferecidos pelos antioxidantes só aparecem se tomados em altas doses.

Ácido fólico e complexo B

Entretanto, o estudo apresentou evidências de que o ácido fólico e as vitaminas do complexo B que contêm esse ácido podem reduzir o risco de doença cardiovascular e acidente vascular cerebral (AVC).

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“Essas descobertas sugerem que as pessoas devem estar conscientes dos suplementos que estão tomando e garantir que elas sejam aplicáveis às deficiências específicas de vitaminas ou minerais que foram aconselhadas por seus profissionais de saúde”, disse Jenkins.

A melhor orientação, contudo, é manter uma dieta variada para obter os nutrientes necessários para garantir uma boa saúde. “Até agora, nenhuma pesquisa sobre suplementos nos mostrou algo melhor do que porções saudáveis de alimentos vegetais menos processados, incluindo vegetais, frutas e nozes”,concluíram os pesquisadores.

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