Sputnik V: farmacêutica protocola pedido de uso emergencial no Brasil
Imunizante, contudo, não cumpre um dos requisitos necessários para receber o aval: ter realizado testes de fase 3 no Brasil

A farmacêutica União Química anunciou na noite desta sexta-feira, 15, que protocolou o pedido de uso emergencial da vacina Sputnik V junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A ideia é que se liberem 10 milhões doses do antígeno ainda no primeiro trimestre de 2021. O pedido foi realizado em conjunto com o Fundo de Investimentos Diretos da Rússia (RDIF).
A vacina, contudo, não preenche um dos pré-requisitos fundamentais para pleitear tal pedido: ter realizado estudos de fase 3 em voluntários brasileiros, assim como a vacina de Oxford e a CoronaVac — que também tem pedidos de uso de emergência no país protocolados.
A União Química chegou a dar entrada no pedido de testes em 29 de dezembro, mas a solicitação não foi concluída por falta de informações necessárias, afirmou a agência anteriormente. Procurada, a Anvisa não confirmou o início do protocolo à reportagem de VEJA, mas especialistas ligados ao órgão regulador, no entanto, disseram que o pedido foi, sim, protocolado, mas que o pedido não “cumpriria os requisitos”. A depender dos exemplos anteriores, a Anvisa levará 24 horas para verificar os documentos iniciais e dará seu parecer em até dez dias.
A agência reguladora dará o parecer sobre a CoronaVac e a vacina de Oxford/Astrazeneca após uma reunião marcada para domingo, 17.