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Sexo sustentável: camisinha vegana faz sucesso

A startup alemã Einhorn fatura 5 milhões de euros com a venda de preservativos e produtos de higiene feminina veganos e sustentáveis

Por Da Redação
Atualizado em 11 dez 2019, 16h21 - Publicado em 11 dez 2019, 16h17
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  • 'Cinquenta Tons de Cinza' pode provocar uma corrida às sex shops
    'Cinquenta Tons de Cinza' pode provocar uma corrida às sex shops (iStockphoto/VEJA)

    Você pode não saber disso, mas a camisinha tradicional não é um produto vegano. Embora seu componente principal seja o látex, seiva extraída das seringueiras, ela contém também caseína, uma proteína de origem animal usada como lubrificante. Com foco nos consumidores veganos e que prezam pela sustentabilidade, a empresa alemã Einhorn passou a produzir uma camisinha vegana e sustentável.

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    A Einhorn trocou a caseína por um lubrificante natural feito de plantas e só adquire látex extraído do modo mais ecológico possível. Segundo informações da rede BBC, eles se distanciaram das monoculturas da borracha em larga escala, que resultam em desmatamento e destruição de habitats naturais, e compram o produto de pequenos produtores na Tailândia, que evitam o uso de pesticida.

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    Além disso, uma equipe da Einhorn  acompanha a produção pelo menos três meses por ano, para evitar que trabalhadores sejam submetidos a más condições de trabalho, acontecimento recorrente em seringais. Nessas produções, os agricultores recebem também recebem 15% acima do salário mínimo.

    A embalagem é feita com papel reciclado e o único “problema” a ser resolvido é o uso de alumínio, que ainda não foi banido do pacote. Vale ressaltar que que a Einhorn  não é a primeira a fazer isso: a marca americana Glyde lançou uma camisinha vegana em 2013 e desde então outras alternativas sustentáveis começaram a surgir nas prateleiras.

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    De qualquer modo, a Einhorn vendeu no ano passado mais de 4,5 milhões de camisinhas e conseguiu abocanhar uma fatia do mercado de preservativos, que vale 8 bilhões de dólares (cerca de 33 bilhões de reais).

    Mercado em crescimento

    Fundada em 2015 pelos alemães Philip Siefer e Waldemar Zeiler, além da camisinha, a empresa oferece uma linha de produtos de higiene feminina feitos de algodão orgânico. Apenas quatro anos após ser fundada, a Einhorn já tem uma receita anual de 5 milhões de euros (cerca de 23 milhões de reais) e conseguiu vender seu produto na varejista alemã DM, gigante local no mercado de produtos de casa e higiene.

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    A denominação “vegana” não estava nos planos iniciais da dupla ao fundar a empresa. Mas durante o processo de financiamento coletivo, eles perceberam que uma pergunta frequente dos doadores era se a camisinha era vegana e decidiram incorporar essa característica ao produto. A estratégia deu certo.

    Compromisso com a sustentabilidade

    De acordo com a BBC, Zeiler e Siefer assinaram uma espécie de manifesto ao fundar a Einhorn, que obriga a empresa a investir 50% de seus lucros em projetos sustentáveis, como compensação à emissão de CO2, e em uma fundação de promoção ao algodão orgânico.

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    Esse manifesto também foi assinado por outros empreendedores e foi um fator fundamental para a empresa conseguir fornecer seus produtos para a varejista DM. Acontece que, enquanto um pacote de camisinha normal, com oito unidades, custa cerca de 5 euros (aproximadamente 23 reais), a embalagem da Einhorn, com sete unidades, custa 6 euros (cerca de 27 reais).

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    Graças ao fato de a Einhorn reinvestir 50% dos lucros em projetos sustentáveis, a empresa conseguiu convencer a gigante a não abaixar o preço de varejo de seu produto. Segundo Sebastian Bayer, diretor de marketing da DM, em entrevista à BBC, os consumidores locais estão cada vez mais preocupados com a sustentabilidade, “então queremos oferecer-lhes produtos alternativos sustentáveis”. Em 2016, os alemães gastaram 60 bilhões de euros (cerca de 275 bilhões de reais) em produtos sustentáveis e a tendência é de que esse número aumente.

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