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Sexo oral está disseminando supergonorreia, alerta OMS

Pelo menos três casos detectados em países diferentes se mostraram impossíveis de serem tatados

Por da Redação
Atualizado em 7 jul 2017, 15h50 - Publicado em 7 jul 2017, 14h21
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  • O sexo oral e a queda no uso de preservativos estão ajudando a disseminar uma superbactéria da gonorreia e a torná-la cada vez mais difícil de ser tratada.

    Na sexta-feira, a OMS (Organização Mundial de Saúde) alertou que o tratamento está cada vez mais difícil e, em alguns casos, impossível. Isso porque a doença sexualmente transmitida (DST) está rapidamente desenvolvendo resistência a antibióticos. Especialistas dizem que a situação está “bastante sombria” com poucos medicamentos à vista.

    Outro fato agravante foi a falta de investimento da indústria farmacêutica no combate a essa doença e, portanto, os novos remédios que chegam ao mercado são escassos. Para um dos produtos tradicionalmente usados, o ciproflaxacino, casos de resistência já foram registrados em 97% dos países avaliados pela OMS. Hoje, apenas um remédio é considerado como eficiente, o ESC.

    De acordo com a entidade, cerca de 78 milhões de pessoas são contaminadas a cada ano pela doença. Em um levantamento realizado em 77 países, a OMS constatou que a resistência é “generalizada”. “Trata-se de uma bactéria muito ‘inteligente’ e, cada vez que um novo antibiótico é introduzido, ela se torna mais resistente”, disse Teodora Wi, responsável da agência da ONU para Saúde.

    Em pelo menos três casos, a gonorreia não teve cura. Dois deles foram registrados na Europa, na Espanha e na França, e outro no Japão.

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    Em apenas 15 anos, a comunidade médica já foi obrigada a mudar de tratamento três vezes diante da ineficiência dos produtos e da resistência desenvolvida. Hoje, a agência de saúde considera que o cenário é “muito preocupante”.

    Garganta

    A infecção pode afetar as partes genitais e até aumentar o risco de HIV, mas é o impacto da bactéria instalada na garganta, proveniente do sexo oral, que mais preocupa no que se refere à capacidade da doença em sofrer uma mutação.  Wi explica que a gonorreia na garganta aumenta o risco de o micro-organismo desenvolver resistência a antibióticos, já que estes medicamentos são administrados em menor dosagem para infecções nesta área do corpo repleta de bactérias – entre as quais algumas que desenvolveram a resistência a drogas.

    “Quando você usa antibióticos para tratar infecções como uma dor de garganta normal, isto se mistura com as espécies Neisseria (do mesmo gênero da bactéria da gonorreia) na sua garganta o que resulta em resistência”, segue Wi. A propagação da bactéria da gonorreia no ambiente através do sexo oral pode levar a uma supergonorreia.

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    Wi diz que nos Estados Unidos a resistência (ao antibiótico) decorreu do tratamento da infecção de faringe, principalmente “de homens que faziam sexo com homens”.

    Preservativos

    Causada pela bactéria Neisseria gonorrhoea, a doença ainda teria se espalhado com maior facilidade diante da queda no uso de preservativos. O fato de seus sintomas serem pouco conhecidos para uma parte importante da população também estaria levando a doença a se desenvolver sem um tratamento adequado.

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    Diante dos riscos, a OMS está apelando para que governos passem a monitorar a proliferação da resistência da doença e que invistam em novos remédios. Mas, para a entidade, apenas o desenvolvimento de uma vacina poderia frear de forma definitiva a proliferação.

    (Com Estadão Conteúdo)

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