O Ministério da Saúde publicou nesta sexta-feira extratos de dispensa de licitação no Diário Oficial da União para a compra das vacinas Sputnik V, da Rússia, e Covaxin, da Índia, no valor de 2,3 bilhões de reais. Estas duas vacinas ainda não tiveram o uso autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O governo já havia anunciado negociação de 30 milhões de doses da Sputnik V e da Covaxin. Estas duas vacinas, mesmo ainda não terem sido autorizadas, estão incluídas na contabilidade do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que prometeu 230 milhões de doses de vacinas até 31 de julho.
A compra da Sputnik envolve repasses de 693,6 milhões para o Fundo de Investimento Direto da Rússia, representado em Brasília pela União Química Farmacêutica Nacional, que tem laboratório em Brasília. O outro contrato prevê repasses de 1,614 bilhão de reais para a Bharat Biotech, da Índia, representada no Brasil pela empresa Precisa Comercialização de Medicamentos.
Os contratos para a compra de vacinas Sputnik V e Covaxin é mais uma investida do governo para tentar acelerar o calendário de vacinação, no momento em que a doença se alastra para pequenos municípios em todo o país que não possuem estrutura de saúde para atender aos doentes.
Enquanto o número de casos e de mortes por Covid caem no mundo, no Brasil a doença não dá sinais de trégua. Os gráficos da Johns Hopkins e do Worldometer, que acompanham a evolução da doença em todo o planeta, mostram curvas descendentes de novos casos e de mortes no mundo. No Brasil, a doença mata em média mais de 1.000 pessoas por dia. O Brasil já contabiliza mais de 10 milhões de casos de coronavírus e mais de 244 mil mortes.