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São Paulo anuncia rede com 93 hospitais para combate à varíola dos macacos

Plano de enfrentamento à monkeypox terá ações para ampliação do diagnóstico, vigilância genômica e capacitação das redes pública e privada

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 ago 2022, 16h56 - Publicado em 4 ago 2022, 14h47

O governo do estado de São Paulo anunciou nesta quinta-feira, 4, a criação da Rede Emílio Ribas de Combate à Monkeypox, doença mais conhecida como varíola dos macacos, para execução de um plano de enfrentamento à zoonose viral com a participação de 93 hospitais estaduais e maternidades que serão referência e retaguarda para episódios mais graves. A rede também terá ações para ampliar o diagnóstico e a vigilância genômica.

“O objetivo central é somar esforços e integrar as instituições e centros de excelência para promover ações estratégicas de prevenção e cuidado, levando em consideração o aprendizado diante dos últimos enfrentamentos de endemias e pandemias”, afirmou David Uip, secretário de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde de São Paulo.

Para o acompanhamento da circulação da doença no estado, o Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) e o Instituto Adolfo Lutz vão encabeçar o trabalho de vigilância laboratorial e genômica do vírus. Laboratórios do estado serão credenciados para realizar os exames de PCR em Tempo Real e RT-PCR e farão parte de um grupo composto pelo Instituto Butantan e laboratórios universitários e privados.

O CVE implementou um serviço 0800 com médicos disponíveis por 24 horas para orientar e tirar dúvidas de profissionais de saúde das redes pública e particular sobre diagnóstico e manejo dos pacientes infectados.

Uma sala de situação denominada Centro de Controle e Integração (CCI) também foi ativada. “O grupo terá a missão de assessorar as ações do governo de São Paulo no enfrentamento do surto de monkeypox, estudar e projetar os cenários epidemiológicos, propor medidas e identificar oportunidades para o desenvolvimento de vacinas e prospecção de tratamentos eficazes para combater a doença”, informou, em nota, a Secretaria de Estado da Saúde.

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Monkeypox

Em 29 de julho, o Ministério da Saúde confirmou a primeira morte pela doença no Brasil. O paciente, de 41 anos, era do sexo masculino e imunossuprimido. Ele era diagnosticado com linfoma e morreu em Belo Horizonte (BH).

No mesmo dia, a pasta ativou o Centro de Operação de Emergências (COE) para elaborar o Plano de Contingência do surto. Com a ativação do COE, o ministério vai elaborar estratégias para combater a doença com representantes do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas/OMS), Agência Nacional de Vigilância em Saúde (Anvisa) e do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas da Fiocruz. A pasta anunciou que as primeiras doses da vacina contra a doença podem chegar ao país em setembro.

A varíola dos macacos foi considerada uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (PHEIC, na sigla em inglês) pela OMS e contabiliza mais de 26 mil casos no mundo, de acordo com a plataforma Our World in Data, ligada à Universidade de Oxford.

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Descoberta em 1958, a monkeypox (varíola dos macacos) recebeu esse nome por ter sido observada pela primeira vez em primatas utilizados em pesquisa. Ela circula principalmente entre roedores, e humanos podem se infectar com o consumo da carne, contato com animais mortos ou ferimentos causados por eles.

Entre os sintomas, estão febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, linfonodos inchados, calafrios e exaustão. A erupção cutânea começa geralmente no rosto e, depois, se espalha para outras partes do corpo, principalmente as mãos e os pés. Antes do surto, a doença era considerada endêmica em países da África central e ocidental, como República Democrática do Congo e Nigéria.

Análises preliminares sobre os primeiros casos do surto na Europa e na América do Norte demonstraram que o vírus foi detectado por serviços de cuidados primários ou de saúde sexual e os principais pacientes eram homens que fazem sexo com homens. No entanto, a OMS já alertou que esta não é uma doença que afeta grupos específicos e que qualquer pessoa pode contraí-la se tiver contato próximo com alguém infectado.

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