Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Saiba qual outra vacina pode proteger contra a Covid-19

Além dos imunizantes próprios desenvolvidos para combater o SARS-CoV-2, a BCG contra a tuberculose também pode ser eficaz para o coronavírus

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 7 jun 2023, 17h29
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Um artigo publicado na revista científica Journal of Immunology descreveu um estudo que descobriu que uma cepa modificada geneticamente do Bacilo Calmette-Guérin (BCG), utilizado na vacina para a tuberculose, aplicada em bebês recém-nascidos ainda na maternidade, poderá ser adaptada e produzida para combater o SARS-Cov-2, que provoca a Covid-19.

    Publicidade

    Segundo a pesquisa, a bactéria produziu uma proteína quimérica com dois antígenos do coronavírus e conseguiu produzir anticorpos nos camundongos expostos ao vírus. Uma boa notícia já que esse imunizante tem custo baixo e pode facilitar a vacinação contra a Covid-19 nos países de baixa renda – apenas 16% da população dessas nações foi vacinada até 2022, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

    Publicidade

    “Os resultados foram animadores”, disse Sérgio Costa Oliveira, professor do Departamento de Imunologia do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, que coordenou o estudo em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Instituto Butantan, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), ao Jornal da USP. “Não detectamos nenhum sinal do vírus no pulmão dos animais vacinados com a BCG recombinante, com o ensaio de formação de vírus em placas”, completou o pesquisador.

    Durante o estudo, os cientistas perceberam que as moléculas estranhas ao corpo dos camundongos foram capazes de ativar a produção de anticorpos contra o coronavírus e, assim, bloquear a replicação viral. “O BCG estimula o sistema imune inato, preparando o organismo para se defender de outros patógenos, além da própria tuberculose”, explicou o especialista.

    Publicidade

    Para modificar a vacina, foi introduzida uma sequência gênica no BCG, contendo o gene da proteína S, localizada na parte externa do coronavírus – técnica usada em 90% das vacinas contra a Covid-19. Assim, a entrada na célula foi facilitada, com o bacilo produzindo uma proteína composta com os dois antígenos nos roedores.

    Continua após a publicidade

    Após 30 dias, o BCG ainda recebeu um reforço de adjuvante. “Foi fundamental para aumentar a imunidade dos roedores, que ficaram mais protegidos do que aqueles animais que receberam apenas o BCG, ou apenas a proteína com o adjuvante”, conta Oliveira.

    Publicidade

    Os pesquisadores comprovaram ainda que a vacina BCG, criada em 1921, a partir do bacilo Mycobacterium bovis, isolado de bovinos, contribuiu para aumentar a atividade dos linfócitos T – células de defesa do organismo – e dos macrófagos, que ajudam a eliminar  o vírus da Covid-19.

    De acordo com um levantamento de 2013, publicado na revista Maedica – a Journal of Clinical Medicine, a BCG é um dos imunizantes mais seguros que existe, com poucos efeitos colaterais e já aplicados em 4 bilhões de pessoas no mundo.

    Publicidade

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.