Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Saiba qual é a rede social que mais impacta a saúde mental

Segundo novo estudo, o Instagram é a rede social que tem maior impacto na saúde mental dos jovens, em questões como aceitação do corpo, ansiedade e solidão

Por Da Redação
Atualizado em 22 Maio 2017, 14h15 - Publicado em 19 Maio 2017, 18h15

De acordo com um estudo da Sociedade Real para Saúde Pública, do Reino Unido, o Instagram é rede social que mais impacta negativamente a saúde mental dos jovens. O questionário criado pelos pesquisadores mostrou que o aplicativo de compartilhamento de imagens afeta de forma negativa o sono, a percepção do corpo e o fear of missing out (em tradução livre, o ‘medo de ficar por fora’) dos usuários britânicos, principalmente mais jovens.

A necessidade de estar sempre online para acompanhar as postagens dos amigos pode ser extremamente prejudicial, levando a comparações irreais, ansiedade e depressão.

Opinião dos jovens

Na pesquisa, 1.500 jovens britânicos com idade entre 14 e 24 anos avaliaram como as plataformas de mídias sociais que usavam impactavam questões como depressão, ansiedade, solidão e o senso de comunidade. O site com mais respostas positivas foi o YouTube, seguido pelo Twitter e Facebook. Já os aplicativos Snapchat e Instagram foram considerados os piores nestes quesitos. Um problema presente em quase todas as mídias foi o vício no uso das redes, que pode estimular a insônia.

Só o Instagram tem 500 milhões de usuários ativos e mais de 95 milhões de fotos postadas e 3,5 bilhões de curtidas diariamente. “É interessante como o Instragram e o Snapchat, ambos aplicativos focados no culto à imagem, foram indicados como os piores para a saúde mental e bem-estar. Eles parecem estar mais ligados ao sentimento de inadequação e ansiedade entre os mais jovens”, explicou Shirley Cramer, chefe executiva da Sociedade Real para Saúde Pública, ao The Telegraph.

Continua após a publicidade

Um dos participantes do questionário apontou a constante preocupação com o que os outros pensam sobre suas fotos e postagens. Outro entrevistado contou também que passa muito tempo nas redes e acaba perdendo o sono, atividades escolares e até oportunidades de sair com amigos e familiares.

Busca pela identidade

“As plataformas que deveriam ajudar as pessoas a se conectarem com outras podem, na verdade, estar alimentando uma crise na saúde mental”, disse a equipe de pesquisa em comunicado. Apesar disso, 1.479 dos jovens disseram que o Instagram também promove formas de expressão e a busca pela identidade pessoal, assim como Twitter e YouTube. O site de compartilhamento de vídeos foi classificada como uma mídia para aumentar a conscientização dos jovens. Já o Facebook foi listado como um importante meio para busca de apoio emocional e coletividade.

Segundo Becky Inkster, pesquisadora honorária da Universidade de Cambridge, jovens e adolescentes sentem a necessidade de se sentirem confortáveis ao falarem sobre problemas pessoais e acabam recorrendo às redes sociais e ambientes online. “Como profissionais da saúde, precisamos fazer todas as tentativas para entender as expressões, os léxicos e os termos da cultura da juventude moderna para melhor se conectar com seus pensamentos e sentimentos”, explicou ao The Telegraph.

Alertas nas redes sociais

Segundo o estudo, sete em cada 10 dos jovens entrevistados acham importante que as redes sociais, como o Twitter e o Facebook, apresentem algum suporte sobre o assunto. No entanto, os alertas atuais são bastante discretos.

Continua após a publicidade

Em relatório, os especialistas sugeririam que os sites em questão procurassem alertar os usuários sobre os riscos relacionados ao comportamento e acesso constante, considerado vicioso, e ajudá-los a procurar ajuda, caso demonstre perigo à saúde mental.

“Alguns estudos já mostraram que as redes sociais podem ser tão viciantes quanto o cigarro e o álcool, e hoje elas são tão intrínsecas à vida dos jovens que é impossível ignorar os problemas que causam à saúde das pessoas”, disse Shirley.

De acordo com um porta-voz da ONG britânica Mental Health Foundation, cujo nome não foi citado, essa é uma área que precisa de mais estudos. “Comparar-se com os outros é um problema ainda maior quando é a partir de postagens nas redes sociais, envolve comparar o irreal com a vida real”, disse ao Daily Mail.

Continua após a publicidade

Em comunicado enviado por e-mail, Michelle Napchan, líder de políticas públicas do Instagram na Europa, onde o estudo foi realizado, afirma: “Manter o Instagram um lugar seguro e de apoio, onde todos se sentem confortáveis para se expressar é a nossa prioridade – especialmente quando se trata de jovens. Diariamente, pessoas do mundo todo utilizam o Instagram para compartilhar suas trajetórias pessoais em busca de saúde mental e obter apoio da comunidade. Queremos que as pessoas que precisam lidar com problemas de saúde mental possam encontrar no Instagram o apoio necessário a qualquer momento. Por isso, trabalhamos em parceria com especialistas para disponibilizar as ferramentas e informações necessárias para que as pessoas saibam como denunciar conteúdo, obter apoio para um amigo que está precisando ou entrar em contato diretamente com um especialista para pedir conselhos sobre uma questão com a qual eles estejam lidando” . 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.