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Ritmo de vacinação em maio foi 16,5% menor que o de abril

Lentidão na entrega e distribuição dos imunizantes estão por trás da redução

Por Giulia Vidale Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 31 Maio 2021, 18h36

No mês de maio, o Ministério da Saúde recebeu 6,2 milhões de doses a mais de vacinas contra Covid-19 em comparação com o mês de abril. Foram 25,9 milhões de doses em abril contra 32,2 milhões neste mês. No entanto, o ritmo de vacinação em maio foi 16,5% menor que o de abril. Entre 1 e 30 de abril, foram aplicadas cerca de 821.916 doses por dia, segundo levantamento feito por VEJA baseado em dados do Ministério da Saúde, das Secretarias Estaduais e do Coronavírus Brasil. No mesmo período do mês de maio, a média diária foi de 686.098 injeções.

Isso significa também que, em números absolutos, no mês de maio foram aplicadas menos doses que em abril: 20,5 milhões (maio), contra 24,6 milhões (abril). O maior descompasso aconteceu na aplicação da segunda dose. Em abril, 10,6 milhões de brasileiros ficaram totalmente imunizados contra a Covid-19 ao receberem a segunda dose de um imunizante contra a Covid-19. Em maio, foram apenas 6,4 milhões.

No estado de São Paulo, o mais populoso do Brasil, mais de 500.000 estão atrasadas para completar o esquema vacinal. O total inclui 212.403 pessoas que não tomaram a vacina de Oxford-AstraZeneca, que tem um intervalo de 12 semanas entre as doses, e outros 289.290 referentes à CoronaVac, cujo intervalo é de 28 dias entre as injeções.

As pessoas que não voltaram para tomar a segunda dose podem ter influenciado a queda nas aplicações, mas os principais motivos por trás da redução de doses administradas no último mês são a lentidão na entrega e distribuição dos imunizantes, tanto pelo governo federal quanto pelos estados. Em geral, os fornecedores de vacinas – Instituto Butantan, Fiocruz e Pfizer – fazem entregas semanais ao Ministério da Saúde. A pasta então distribui as doses recebidas aos estados, de forma igualitária e equitativa, e as Secretarias Estaduais distribuem aos municípios. Toda essa logística leva um tempo para ser concluída.

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Por exemplo, o Instituto Butantan entregou o último lote de doses da CoronaVac ao Ministério da Saúde no dia 14 de maio. Essas doses já chegaram aos estados e municípios. No entanto, a Fiocruz, por exemplo, realizou as últimas entregas do mês de maio recentemente. Foram 5,9 milhões de doses na última sexta-feira, 28, e mais 600.000 unidades nesta segunda-feira, 31. Essas vacinas, que totalizam 6,5 milhões de doses, ainda estão em processo de distribuição e só devem chegar aos braços dos brasileiros em junho.

Há também atraso na aplicação das vacinas pelas próprias secretárias municipais de saúde. Segundo dados do governo federal, na Bahia, por exemplo, 77% das doses distribuídas aos municípios foram aplicadas. No Acre, essa taxa cai para 60,7%.

Confira o avanço da vacinação no Brasil:

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