O Reino Unido está prestes a aprovar a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade Oxford em parceria com a farmacêutica Astrazeneca. Segundo veículos de imprensa local, isso deve ocorrer nos próximos dias. Se isso acontecer, o país será o primeiro a dar sinal verde para este imunizante. O Reino Unido também foi o primeiro a liberar a vacina fruto da parceria Pfizer-BioNTech.
No domingo, 27, o Financial Times informou que funcionários do governo confirmaram que a Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde (MHRA, na sigla em inglês) aprovaria iminentemente a vacina, dizendo que o anúncio poderia ser feito na terça-feira, 29. Já segundo o jornal Sunday Telegraph a aprovação pode vir já nesta segunda-feira, 28, à medida que profissionais de saúde se preparam para administrar as injeções.
Por outro lado, ainda não houve uma manifestação oficial da agência reguladora sobre o assunto. Em entrevista à agência Reuters, o Departamento de Saúde do Reino Unido disse que a agência deveria ter tempo para avaliar adequadamente os dados dos testes da vacina.
Se aprovada, a vacina da parceria Oxford-AstraZeneca permitiria ao país aumentar significativamente seu programa de vacinação. A Grã-Bretanha encomendou 100 milhões de doses do imunizante, que além de ser mais barato que a vacina da Pfizer, por exemplo, seu armazenamento é mais simples, o que permitiria aplicá-lo em regiões mais remotas do país. Segundo dados oficiais, até o momento certa de 600.000 pessoas foram vacinadas no Reino Unido.
O Reino Unido enfrenta uma explosão no número de casos da doença e uma nova variável do vírus, que é mais contagiosa. Por isso, a aprovação de uma nova vacina é fundamental para controlar a epidemia no país. A demora na aprovação do imunizante Oxford-AstraZeneca estaria associada à divergência de dados do estudo clínico fase 3. A eficácia média da vacina foi de 70%, entretanto, no estudo com duas doses completas, a eficácia foi de 62% enquanto em uma outra vertente, que aplicou meia dose, seguida de uma dose inteira, a eficácia foi de 90%. Diante disso, a AstraZeneca se comprometeu a realizar mais estudos.
Em entrevista ao Sunday Times no domingo, 27, o CEO da AstraZeneca, Pascal Soriot, disse que novos dados mostrarão que a vacina é comparável à taxa de eficácia de 95% relatada por outras empresas, como Pfizer/BioNTech e Moderna.