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Redes sociais podem causar paranoia

Segundo um novo estudo, o acesso frequente às redes sociais pode ser uma das causas da paranoia, que atinge 1 a cada 5 britânicos, principalmente jovens

Por Da Redação
Atualizado em 7 ago 2017, 19h22 - Publicado em 7 ago 2017, 19h10

Segundo pesquisadores da King’s College London, no Reino Unido, uma a cada cinco pessoas sofre de paranoia – e o principal motivo pode ser o acesso frequente às redes sociais. Ainda, de acordo com a Sociedade Nacional para a Prevenção da Crueldade contra Crianças, o aumento de casos de auto-mutilação entre jovens, que representam o maior grupo de risco para a doença, pode estar associado a esse vício.

Jovens em risco

A necessidade de acompanhar as atualizações de amigos nas redes sociais o tempo todo, intrínseca à própria natureza do on-line – presente 24 horas por dia – acaba por prender as pessoas nesse ciclo vicioso. “O mundo digital está mudando a sociedade de uma forma que pode nos fazer sentir como se estivéssemos sob vigilância o tempo todo”, disse Philippa Garety, professora de psicologia clínica na King’s College London, ao tabloide on-line britânico Daily Mail. “Tudo o que fazemos pode ser registrado de alguma forma através da internet, o que pode estar desencadeando essa ansiedade geral.”

De acordo com uma recente pesquisa da Sociedade Nacional para a Prevenção da Crueldade contra Crianças, 18.778 crianças entre 11 e 18 anos na Inglaterra e no País de Gales foram admitidas em hospitais por auto-mutilação em 2016 – um aumento de 14% em relação ao ano anterior.

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“A partir das milhares de ligações que as linhas diretas recebem, está claro que temos uma nação de crianças profundamente infelizes. Nós sabemos que essa infelicidade é, em parte, por causa da constante pressão que sentem em ter uma vida perfeita ou atingir uma certa imagem, que não é realista, impulsionada pelas redes sociais.”, disse Peter Wanless, chefe executivo da organização.

Aplicativo personalizado

Devido à crescente preocupação sobre o assunto, pesquisadores da Royal College of Art, no Reino Unido, estão desenvolvendo aplicativos que podem ajudar pessoas que sofrem de paranoia. Quando o paciente se sentir desconfortável, ele poderá acessá-lo e obter ajuda sobre o que fazer em situações específicas.

Os aplicativos, um para pacientes com casos mais graves e outro para casos mais leves, poderão ser personalizados para cada usuário durante sessão com um terapeuta, que saberá determinar o que desencadeia a paranoia do paciente e desenvolver a resposta ideal. A equipe de pesquisa, liderada por Philippa, irá testá-lo em 360 pacientes para avaliar os possíveis benefícios dos aplicativos, que devem ser desenvolvidos em até cinco anos.

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Sintomas

A paranoia é o medo injustificado de que alguém está sempre tentando prejudicá-lo, física ou socialmente, ou prejudicar sua reputação. Em sua forma mais extrema, pode levar à psicose – um problema de saúde mental que faz com que as pessoas percebam ou interpretem as coisas de maneira diferente daqueles ao seu redor – o que pode causar alucinações e/ou delírios.

No entanto, mesmo em casos menos graves, a doença pode levar à ansiedade, à dificuldade para trabalhar e de se relacionar com outras pessoas.

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