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Prótese de silicone nos seios tem prazo de validade?

A dúvida invadiu os consultórios depois que a primeira-dama Michelle Bolsonaro se submeteu à troca da prótese

Por Giulia Vidale Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 8 jan 2020, 20h32 - Publicado em 7 jan 2020, 16h54

Recentemente, a primeira-dama Michelle Bolsonaro passou por uma cirurgia de reposição de próteses de silicone nos seios. Mas, afinal, prótese de silicone tem “prazo de validade”? Quando é necessário troca-las?

De acordo com o cirurgião plástico Eduardo Kanashiro, da Clínica Due, a troca deve ser realizada apenas quando houver alguma alteração ou demanda por parte da paciente. “Antigamente se falava muito em prazo de validade da prótese, mas atualmente a maioria dos cirurgiões plásticos defende que a troca deve ser realizada apenas nesses casos”, explica.

Hoje as próteses das marcas renomadas podem ser mantidas pelo restante da vida do paciente. “A tecnologia na confecção dos implantes vem melhorando e isso faz com sejam mais duráveis. Existem avanços tanto no processo de fabricação quanto no design do produto que melhoraram a resistência e diminuem a necessidade de trocas. A maioria das trocas que realizamos é por desejo de alguma melhora estética, muito mais do que por qualquer problema da prótese”, diz Kanashiro.

As razões estéticas incluem aumento ou redução do tamanho da prótese e ter passado situações que podem alterar a forma da mama, como gestação e oscilação de peso, depois da cirurgia. “Muitas vezes, a prótese é trocada para se adequar melhor à nova condição.”, afirma o especialista.

Entretanto, mesmo com a maior durabilidade das próteses, há casos em que a troca é necessária por questões de saúde. Os motivos incluem complicações como contratura capsular, ruptura dos implantes infecção e acúmulo de líquido (seroma). “Sempre recomendamos ter em mente que uma vez que foi colocada a prótese, existe grande possibilidade de ser necessária uma nova cirurgia no futuro”, diz Kanashiro.

Contratura, calcificação e ruptura

A contratura capsular é o efeito colateral mais comum dos implantes de mama. Quando a prótese é inserida no corpo, forma-se uma cápsula ao redor dela devido a uma reação normal do organismo. Entretanto, com o tempo, essa cápsula pode endurecer e causar dor e/ou um aspecto distorcido. O processo pode acontecer no pós-operatório imediato ou anos depois da cirurgia e não necessariamente ocorre nos dois seios ao mesmo tempo.

Estima-se que 4% das próteses, durante um período de 10 anos, vão desenvolver algum grau de contratura, que pode variar entre 1 e 4. Nem todos os casos demandam operação e troca da prótese. Por isso, é necessário fazer um acompanhamento periódico com seu médico. Além disso, muitas marcas já oferecem garantia vitalícia da prótese. Isso significa que em caso de ruptura ou contratura, a prótese é substituída pela empresa e a paciente só precisa se preocupar com o custo da cirurgia.

A calcificação capsular é outro fenômeno que pode ocorrer devido ao acúmulo de cálcio. Ela pode ocorrer apenas em alguns focos ou de maneira mais difusa. Embora não sejam sinônimos, a calcificação pode ser uma evolução mais grave da contratura capsular. Já a ruptura da prótese é uma complicação mais rara, que acontece em menos de 1% das próteses, ao longo de 10 anos.

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