Por que trocar açúcar por adoçante não é recomendado para emagrecer?
Nova diretriz da Organização Mundial da Saúde com base em evidências científicas aponta que mudança não leva a benefícios em longo prazo
Trocar o açúcar pelo adoçante é uma estratégia comum entre as pessoas que estão tentando perder alguns quilos, mas a prática não é recomendada e o alerta veio da Organização Mundial da Saúde (OMS). Em nova diretriz, publicada nesta segunda-feira, 15, a entidade se posicionou contra o uso dos adoçantes sem açúcar com o objetivo de redução de peso corporal por adultos e crianças.
Após uma revisão de evidências científicas sobre o tema, a OMS informou que, além de não apresentar benefícios para o emagrecimento em longo prazo, os resultados sugerem que o consumo prolongado pode levar ao risco aumentado de diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e mortalidade em adultos.
“As pessoas precisam considerar outras maneiras de reduzir a ingestão de açúcares livres, como consumir alimentos com açúcares naturais, como frutas, ou alimentos e bebidas sem açúcar”, disse, em comunicado, Francesco Branca, diretor de Nutrição e Segurança Alimentar da OMS.
A orientação não vale para pacientes com diabetes. “Quem tem de usar é quem faz uso de insulina para tentar diminuir os picos de glicose durante a alimentação, porque ajuda no controle glicêmico, explica Rodrigo Moreira, diretor do Departamento de Obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). “Se a pessoa quer emagrecer, isso envolve mudança de estilo de vida e alimentação saudável.”
Segundo a OMS, a diretriz se aplica a todos os adoçantes não nutritivos sintéticos e naturais. Também para os modificados que não são classificados como açúcares, mas são encontrados em alimentos e bebidas industrializados e ainda para os vendidos sozinhos para serem adicionados a alimentos e bebidas pelos consumidores.
Veja adoçantes comuns listados pela OMS
- Aspartame
- Ciclamatos
- Sacarina
- Sucralose
- Stévia e derivados
- Acesulfame K
- Advantame
- Neotame