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Por que não é preciso ter medo de beber leite?

Únicos que devem evitá-lo são os intolerantes à lactose, as pessoas que apresentam alergia às proteínas do leite e, claro, aqueles que não gostam do sabor

Por Mauro Proença/ Revista Questão de Ciência*
Atualizado em 5 dez 2024, 14h38 - Publicado em 5 dez 2024, 08h00

Beber leite é saudável? Uma boa resposta seria: o leite é saudável e só não é indicado para pessoas que apresentam intolerância à lactose ou alergia às proteínas do leite. O único ponto de atenção é que a versão integral contém uma concentração relativamente elevada de gorduras saturadas, associadas a piores desfechos cardiovasculares. Por isso, essa versão deve ser consumida com mais moderação em comparação às versões semidesnatada ou desnatada.

Também seria possível discutir o tema a partir de um dos argumentos levantados pela comunidade vegana, que aponta, corretamente, a crueldade envolvida na indústria. Contudo, adianto que esta questão não será abordada neste artigo por um simples motivo: nunca me aprofundei no assunto e nem refleti de forma crítica a respeito dele, além do óbvio “crueldade é ruim”.

No entanto, por algum motivo, muitos influenciadores de saúde e médicos integrativos decidiram demonizar o leite e criar uma realidade paralela que faria inveja a qualquer roteirista de ficção científica.

Nesse cenário distópico, amplamente divulgado nas redes sociais, especialmente Instagram e TikTok, surgem alegações sem qualquer base na realidade, por exemplo: o leite cru seria mais saudável do que o pasteurizado; a caixinha longa vida contamina o leite com metais pesados; as vacas estão entupidas de hormônios e antibióticos; e a maioria dos leites de caixinha estaria repleta de caseína do tipo A1, uma proteína que supostamente causa declínio cognitivo, alergias, rinite e câncer de próstata.

O discurso desses terroristas lácteos é feito de jargão pseudocientífico, cherry picking (seleção tendenciosa de estudos que corroboram suas opiniões), do uso de bodes expiatórios para uma infinidade de doenças e sintomas inespecíficos e, obviamente, da falácia naturalista, neste caso de forma irresponsável e perigosa, já que o estímulo ao  consumo de leite cru traz risco de consequências desastrosas para a saúde.

Em 22 de julho deste ano, The New York Times publicou matéria intitulada:“Raw Milk is Booming. A Salmonella Outbreak Highlights Its Risks”. Nela, Alice Callahan – doutora em nutrição – relata a história de Jackie, uma mãe cujo filho foi hospitalizado por três dias após ser infectado por salmonela. A infecção foi atribuída ao consumo de leite cru da Raw Farm, uma produtora de laticínios na cidade de Fresno, Califórnia.

O filho de Jackie foi uma das 171 pessoas infectadas, das quais 22 precisaram de hospitalização, entre setembro de 2023 e março de 2024, devido a um surto de salmonela associado ao consumo de leite não pasteurizado da Raw Farm. Dentre os infectados, 40% eram crianças com menos de 5 anos. De acordo com Michael Osterholm, diretor do Centro de Pesquisa e Políticas em Doenças Infecciosas da Universidade de Minnesota, o número real de vítimas pode ser significativamente maior que os 171 casos relatados, já que muitas pessoas não procuram atendimento médico ao apresentar sintomas ou, mesmo que o façam, podem não ser testadas para doenças transmitidas por alimentos, ou não colaborar com investigações de saúde pública.

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Embora as autoridades de saúde pública alertem que o consumo de leite cru pode causar doenças que vão de uma leve diarreia à morte, principalmente no caso de crianças e idosos, o interesse pelo produto está em alta. Segundo uma pesquisa de mercado realizada pela NielsenIQ nos Estados Unidos, as vendas no varejo de leite cru em junho de 2024 foram 35% superiores às do mesmo período em 2023.

Felizmente, o Brasil tem regras mais rígidas sobre o assunto. Desde 1969, é proibida a venda de leite cru para consumo direto da população em todo o território nacional, com a única exceção sendo localidades que, em caráter precário, não podem ser abastecidas com leite pasteurizado.

Contudo, apesar de a lei ser extremamente clara, é possível encontrar, online, empresas que vendem o produto, por preços em torno de R$ 10 o litro (leite longa vida integral, em São Paulo, em geral custa de R$ 5 a R$ 7 o litro).

Leite e a hipótese A1/A2

O leite de vaca contém proteínas que podem ser divididas em duas categorias principais: as caseínas, que são aproximadamente 80% do total de proteínas no leite bovino; e as proteínas solúveis, nas quais estão incluídas as enzimas.

As caseínas podem ser divididas em quatro categorias principais: αs1-caseínas, αs2-caseínas, β-caseínas e κ-caseínas, cada uma com funções e estruturas específicas.

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No entanto, como muitos influenciadores de saúde destacam a presença da β-caseína A1 como um problema, e sugerem que o leite contendo predominantemente a variante A2 pode ser uma opção mais segura, focaremos exclusivamente nessas duas.

Não sei de onde esses influenciadores tiraram a ideia, mas duvido que tenham estudado a fundo a obra de Sir Robert Bartlett Elliot, pediatra neozelandês, e de Corrie McLachlan, engenheiro químico e fundador da companhia The a2 Milk – empresa sediada na Nova Zelândia que comercializa leite do tipo A2 em diferentes formatos –, considerados os pais da teoria.

O que me parece mais provável é que a fonte mais imediata seja o  livro sensacionalista Devil in the Milk: Illness, Health and the Politics of A1 and A2 Milk, escrito por Keith Woodford, professor neozelandês de agronegócio e administração de fazendas. Nesse livro, Woodford “examina” a suposta ligação entre a β-caseína A1 e uma série de doenças, além de mergulhar em teorias de conspiração sobre a influência das grandes corporações na ciência.

Há ainda o livro β-Casomorphins: A1 Milk, Milk Peptides and Human Health, de autoria de Mohammad Haq, que atualmente trabalha no National Dairy Research Institute (ICAR), o principal instituto de pesquisa em laticínios da Índia.

A ideia geral, em toda essa literatura, é de que a digestão da caseína A1 gera subprodutos que são prejudiciais à saúde – os efeitos mencionados vão de diabetes a autismo – e, portanto, o leite com proteína A2 deve ser preferido.

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A sustentação da hipótese se dá com base em estudos observacionais, comparando populações que consomem um ou outro tipo de leite, e pesquisas em animais.

Por exemplo, Mohammad Haq destaca que alguns estudos de comparação populacional observaram uma correlação forte entre o consumo de leite com proteína β-caseína tipo A1 e a incidência de diabetes tipo 1 (T1D) em crianças de 0 a 14 anos, algo que não foi observado quando se analisou o consumo total de proteína do leite.

Apesar de soar repetitivo, é sempre bom reforçar que, por mais que estudos observacionais sejam importantes, eles não conseguem estabelecer causalidade, apenas correlações. Além disso, a metodologia não elimina completamente as variáveis de confundimento, o que pode impactar diretamente nos resultados encontrados: quais outras diferenças, além do tipo de proteína do leite, podem existir entre as populações comparadas?

Deixando os estudos ecológicos de lado, Mohammad Haq destaca que estudos realizados em animais, como o “Dietary protein: a trigger of insulin-dependent diabetes in the BB rat?“, apontam correlação entre a ingestão de proteínas de leite, mais especificamente a β-caseína A1 e diabetes. Haq observa que há uma quantidade considerável de relatos subjetivos de consumidores que reclamam de inchaço, diarreia e náuseas associadas ao consumo de leite A1. Quando substituem esse leite por leite A2, esses sintomas desaparecem. Isso sugere que esses indivíduos possam ser especificamente intolerantes ao BCM-7, peptídeo presente no leite A1.

No fim, porém, a hipótese A1/A2, por mais interessante que seja, carece de evidências robustas derivadas de estudos metodologicamente rigorosos.

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Esta crítica é elaborada em um artigo publicado recentemente no periódico Current Research in Food Science, intitulado “Worldwide research on the effects of bovine milk containing A1 and A2 β-casein: Unraveling the current and future trends through bibliometrics and text mining”.

Foram avaliados artigos em inglês publicados até novembro de 2022 na base de dados Scopus. A busca resultou em 3.457 artigos elegíveis, mas após a revisão dos títulos e resumos, apenas 97 foram considerados aptos. Além disso, outros 22 documentos foram considerados relevantes.

No agregado, os estudos mostram resultados conflitantes. Por exemplo, alguns experimentos com animais verificaram que o BCM-7 teria efeitos anti-inflamatórios e, no geral, positivos para o organismo. Contudo, também foram obtidos resultados negativos ao avaliar a influência do BCM-7 e da β-caseína A1 no sistema imune.

Em outros estudos, que tiveram como foco o leite bovino A2, também encontraram-se efeitos positivos.

Os autores da revisão pedem que os próximos ensaios clínicos incluam um maior número de participantes, com características mais heterogêneas, como idade, etnia, localização geográfica, e que avaliem a dieta, a microbiota e outros fatores. Isso permitirá determinar se a β-caseína A1 ou o BCM-7 desempenham um papel exclusivo ou secundário em qualquer aspecto da saúde.

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Os resultados disponíveis até agora derivam, principalmente, de estudos in vitro e em animais. Os poucos ensaios clínicos em humanos são limitados e apresentam falhas de método e execução.

Mitos

Após uma explicação não tão breve sobre a hipótese A1/A2 e a desmistificação de que o leite cru é mais saudável, acredito que seja oportuno enterrarmos, de vez, outras ideias erradas que circulam a respeito do leite.

O primeiro mito, e o que mais me causou espanto, foi a alegação estapafúrdia de que o processo de pasteurização seria, na verdade, prejudicial ao leite e aos consumidores.

A pasteurização consiste no aquecimento do leite a uma temperatura e por um tempo suficientes para eliminar microrganismos causadores de doenças, seguido de resfriamento. As temperaturas atingidas não são tão altas (ficam entre 63º C e 75º C) que possam comprometer ou alterar a composição ou a qualidade nutricional do produto.

O segundo mito é a ideia de que as vacas leiteiras brasileiras são bombardeadas com antibióticos. De fato, antibióticos – assim como outros fármacos, como os antiparasitários – podem ser administrados às vacas com o objetivo de tratar ou prevenir problemas de saúde esporádicos, como a mastite (uma inflamação, geralmente acompanhada de infecção, do tecido mamário) e os ectoparasitas (carrapatos, piolhos, pulgas).

O programa de análise de resíduos de medicamentos em alimentos de origem animal (PAMVET), da Anvisa, publicou seu mais recente relatório de monitoramento de resíduos em leite destinado ao consumo, referente ao período de 2006–2007, em 2009.

As análises mostraram que, na triagem inicial, foi detectada a presença de resíduos de antibióticos em uma pequena fração da amostra (de 0,65% a 15,83%, dependendo do tipo de antibiótico e de leite – se UHT, em pó, etc.), e praticamente todos dentro dos limites considerados aceitáveis.

Em outras palavras, o risco proveniente da exposição a esses fármacos pela ingestão de resíduos de medicamentos veterinários em leite UHT e em pó pode ser considerado desprezível para a população em geral, embora uma pequena parte da amostra (0,65% das de leite UHT e 1,44% das de leite em pó) contivessem antibióticos proibidos ou com níveis de segurança indefinidos.

O mesmo cenário se repetiu com os antiparasitários: contaminações em níveis baixos, encontradas em frações muito pequenas da amostra geral.

A Instrução Normativa nº 162, de 1º de julho de 2022, publicada pela Anvisa, estabelece a ingestão diária aceitável (IDA), a dose de referência aguda (DRfa) e os limites máximos de resíduos (LMR) para insumos farmacêuticos ativos (IFA) de medicamentos veterinários em alimentos de origem animal.

Por fim, ainda persiste o mito de que, por conter alumínio em sua composição, a caixa do tipo longa vida acaba transferindo o metal para o leite.

Nessas embalagens, papel-cartão, polietileno (um tipo de plástico) e alumínio são dispostos em seis camadas. As embalagens são 70% papel-cartão; 20% polietileno de baixa densidade, para proteger contra umidade e impedir que o papel grude no alumínio; e 5% alumínio, que bloqueia a luz solar.

Já abordei, em outro artigo, a (im)plausibilidade de uma intoxicação por alumínio, seja pelo consumo de alimentos contendo o metal, seja pelo uso de utensílios que o contenham.

Mesmo que haja uma interação entre o leite e o alumínio da caixinha e, por acaso, o líquido passe a ter mais alumínio em sua composição, essa quantidade será ínfima e não representará risco à saúde.

Declínio cognitivo

Como esse foi o principal tema que ganhou as redes sociais, acredito ser oportuno discutirmos a suposta relação entre leite e declínio cognitivo. O grande responsável por isso foi um médico que publicou uma análise – totalmente equivocada – sobre o estudo “Milk Intake at Midlife and Cognitive Decline Over 20 Years. The Atherosclerosis Risk in Communities (ARIC) Study“. De acordo com uma interpretação muito criativa (e errada) dos resultados do estudo, leite, mais especificamente a molécula galactose, induz neurodegeneração.

Sobre a pesquisa em si: Ivleva, N. e colegas investigaram a associação entre o consumo de leite na meia-idade e a mudança cognitiva ao longo de um período de 20 anos.

Os participantes analisados eram provenientes do estudo Atherosclerosis Risk in Communities (ARIC), concebido para identificar fatores de risco para aterosclerose subclínica em adultos com idades entre 45 e 65 anos, residentes em quatro comunidades dos Estados Unidos.

O estudo envolveu 15.792 adultos, que foram examinados ao longo de cinco visitas médicas, sendo as quatro primeiras realizadas com intervalos de aproximadamente três anos, e a quinta visita, 15 anos após a quarta. Durante o estudo, foram administrados questionários de frequência alimentar tanto na primeira (1987-1989) quanto na terceira visita (1993-1995). Além disso, a função cognitiva foi avaliada na segunda (1990-1992), quarta (1996-1998) e quinta (2011-2013) visitas.

O estudo sobre leite incluiu os participantes do ARIC que haviam completado o Questionário de Frequência Alimentar em pelo menos uma ocasião, e que realizaram avaliações cognitivas. A análise final incluiu 13.752 pessoas.

Verificou-se que os participantes que relataram beber mais leite eram mais propensos a ser homens, brancos, ter mais anos de educação, melhor pontuação de qualidade da dieta, com maior ingestão de frutas e vegetais, menor consumo de carne e bebidas adoçadas com açúcar e mais tempo dedicado a atividades físicas de intensidade moderada a vigorosa. Além disso, os escores basais dos três testes cognitivos não diferiram de acordo com o consumo de leite.

No entanto, análises mais sofisticadas constataram a presença de associação entre o consumo de leite e o declínio cognitivo ao longo de um período de 20 anos. A resposta variou entre as categorias de consumo de leite, sendo que, ao comparar a categoria “nunca bebe leite” com os que relataram beber mais de um copo por dia, a diferença foi de -0,10, equivalente a um declínio adicional de 10%.

Com base nesses achados, os autores sugerem que um maior consumo de leite na meia-idade pode estar associado a uma maior taxa de declínio cognitivo ao longo de um período de 20 anos.

O estudo apresenta limitações importantes que, quando consideradas, reduzem significativamente o peso das conclusões.

Primeiro, e mais evidente, trata-se de um estudo observacional, que não permite inferir causalidade, apenas identificar correlações. Além disso, estudos desse tipo não conseguem isolar completamente a variável de interesse, sendo suscetíveis a variáveis de confundimento, tanto conhecidas quanto desconhecidas.

Outra limitação, apontada pelos próprios autores, é a suposição de que a ingestão média de leite reportada na primeira e na terceira visitas reflete o consumo habitual ao longo da vida.

Além dessas limitações, considero haver um problema significativo na maneira como os pesquisadores delinearam os grupos. Explico: qualquer indivíduo que consumisse mais de um copo de leite por dia foi incluído no grupo “>1 copo”. No entanto, essa decisão parece, no mínimo, questionável, pois equipara o risco de uma pessoa que consome dois copos diários ao de outra que bebe cinco.

Ou seja, dentro da lógica proposta pelos autores – que afirma haver uma relação dose-resposta entre o aumento do consumo de leite e o declínio cognitivo –, faz sentido o mesmo grupo abarcar indivíduos com níveis de ingestão tão distintos?

Pensando nas evidências disponíveis até o momento, se você encontrar alguém afirmando que o leite é um “veneno” e reduz a função cognitiva, saiba que isso não é baseado em evidências de alta qualidade.

Leite é saudável?

Acredito que a evidência mais robusta que temos até o momento é o estudo conduzido por Zhang, X. e colaboradores, intitulado “Milk consumption and multiple health outcomes: umbrella review of systematic reviews and meta-analyses in humans. Nesse trabalho, os autores realizaram uma revisão guarda-chuva (síntese de revisões sistemáticas) para resumir, de forma geral, as vantagens e desvantagens do consumo de leite em diferentes desfechos de saúde.

Os autores concluem que o consumo de leite traz mais benefícios do que malefícios à saúde humana.

Mas há diversas limitações nesta pesquisa, como o fato de que a maior parte dos desfechos provém de estudos observacionais, além da presença considerável de heterogeneidade (o que faz com que a comparação entre eles possa não ser válida) e viés (que pode “forçar” os resultados) nos estudos.

No entanto, acredito que a conclusão dos autores está, dentro de certos limites, correta. Dentro de limites porque, apesar de reconhecer que o leite pode ser parte de uma dieta saudável, não o vejo como uma substância mágica que traz benefícios por si só.

Está na hora de compreendermos que, na enorme maioria dos casos, nenhum alimento isolado, desde que consumido com moderação, terá um papel crucial na saúde, para o bem ou para o mal. O leite entra perfeitamente nesta regra.

Os únicos que devem evitá-lo são os intolerantes à lactose, as pessoas que apresentam alergia às proteínas do leite e, claro, aqueles que não gostam do sabor. Se você não se enquadrar em nenhuma dessas categorias, pode ficar tranquilo e continuar a consumi-lo.

Um último conselho: se possível, opte pela versão com baixo teor de gordura ou desnatada, pois ela apresenta uma menor concentração de gorduras saturadas. Caso queira utilizar a versão integral, ela também pode ser incluída na dieta, desde que o restante da alimentação seja balanceado, para não extrapolar o consumo desse tipo de gordura.

* Mauro Proença é nutricionista e colaborador da Revista Questão de Ciência, onde este artigo foi originalmente publicado

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