Pele de tilápia é usada em reconstrução vaginal
A técnica, ainda experimental, é considerada menos agressiva em relação ao método tradicional
A pele de tilápia, desenvolvida no Ceará como promessa no tratamento de queimaduras, foi utilizada de forma inédita na construção do canal vaginal em mulheres que sofrem de problemas com a estrutura — as portadoras da Síndrome de Rokitansky, quando o canal é mais curto do que o natural, por exemplo.
A técnica, criada pelo médico Leonardo Bezerra, professor da Universidade Federal do Ceará, consegue construir o canal. A cirurgia consiste em abrir um espaço entre a vagina e o ânus e forrando-o com a pele de tilápi. Depois um molde é colocado impedindo que as paredes se juntem.
O método é ainda experimental e foi testada em quatro mulheres. A técnica convencional é considerada mais agressiva. Consiste em usar a própria pele da virilha da paciente, um procedimento muitas vezes doloroso e demorado.
O próximo passo é ampliar o estudo e aplicar a pele em um número maior de pacientes. Como curativo para queimaduras, a pele de tilápia já foi testada em mais de 60 pessoas.