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Varíola dos macacos: os novos sintomas que espantam os cientistas

Achado publicado no periódico The British Medical Journal pode ajudar no diagnóstico precoce da doença

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 2 ago 2022, 09h20 - Publicado em 1 ago 2022, 19h44

O atual surto de monkeypox, mais conhecida como varíola dos macacos, tem causado sintomas diferentes dos relatados em episódios de disseminação de casos que ocorreram anteriormente em regiões endêmicas para a zoonose viral. Essa foi a conclusão de um estudo revisado por pares e publicado do periódico The British Medical Journal. Dor no reto e inchaço no pênis estão entre os novos sintomas encontrados pelos cientistas. O achado pode ajudar na detecção precoce da doença.

Os pesquisadores analisaram 197 casos confirmados da infecção entre maio e julho em um centro de doenças infecciosas de Londres. Segundo a pesquisa, 71 pacientes relataram dor retal, 33 apresentaram dor de garganta e 31 tiveram inchaço peniano. Outros 27 apresentaram lesões orais, 22 manifestaram lesões solitárias e nove relataram amígdalas inchadas. Esses dois últimos sintomas, de acordo com os autores, não eram conhecidos como sintomas da doença. Isso causou preocupação, porque são condições que podem ser confundidas com outras doenças, atrasando o diagnóstico e permitindo que o vírus se alastre.

Todos os participantes do estudo eram homens e apenas um não se identificou como gay, bissexual ou homem que faz sexo com homens. Todos tiveram lesões na pele ou em membranas, principalmente nos genitais e na região perianal. Ainda segundo a pesquisa, 86% dos pacientes relataram que a doença afetou todo o corpo e os principais sintomas foram febre (62%), linfonodos inchados (58%) e dores, incluindo as musculares (32%).

“A compreensão dessas descobertas terá grandes implicações para o rastreamento de contatos, conselhos de saúde pública e medidas contínuas de controle e isolamento de infecções”, escreveram os autores do estudo.

A varíola dos macacos foi considerada uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (PHEIC, na sigla em inglês) pela OMS e contabiliza mais de 21 mil casos no mundo.

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Monkeypox

Descoberta em 1958, a monkeypox (varíola dos macacos) recebeu esse nome por ter sido observada pela primeira vez em primatas utilizados em pesquisa. Ela circula principalmente entre roedores, e humanos podem se infectar com o consumo da carne, contato com animais mortos ou ferimentos causados por eles.

Entre os sintomas, estão: febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, linfonodos inchados, calafrios e exaustão. A erupção cutânea começa geralmente no rosto e, depois, se espalha para outras partes do corpo, principalmente as mãos e os pés. Antes do surto, a doença era considerada endêmica em países da África central e ocidental, como República Democrática do Congo e Nigéria.

Análises preliminares sobre os primeiros casos do surto na Europa e na América do Norte demonstraram que o vírus foi detectado por serviços de cuidados primários ou de saúde sexual e os principais pacientes eram homens que fazem sexo com homens. No entanto, a OMS já alertou que esta não é uma doença que afeta grupos específicos e que qualquer pessoa pode contraí-la se tiver contato próximo com alguém infectado.

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