Atenção: OMS emite alerta para surto de sarampo no Brasil
O Estado mais afetado pela doença é Roraima, com 42 casos confirmados

A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um comunicado nesta terça-feira alertando para o aumento no número de casos de sarampo no Brasil, em especial nos estados de Roraima e Amazonas, que fazem fronteira com a Venezuela, país que ocupa o primeiro lugar na lista de casos confirmados. Segundo a entidade, o Brasil é o segundo na lista por causa do fluxo de imigrantes venezuelanos atravessando as fronteiras brasileiras.
Em 2016, o continente americano foi o primeiro do mundo a receber o certificado da Organização Pan-Americana de Saúde de que estava livre do sarampo. Entretanto, desde o ano passado o número de casos tem crescido na região: em março eram apenas oito países com notificação da doença, agora já são onze.
Casos no Brasil
Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS), no momento o Brasil tem um surto em andamento em Roraima: com 234 casos notificados, 42 deles confirmados (34 venezuelanos e oito brasileiros), com duas mortes registradas (duas crianças venezuelanas), em Boa Vista, capital do estado. Já no estado do Amazonas, quatros casos foram confirmados (todos brasileiros).
Para enfrentar o surto, o Ministério da Saúde trabalha em coordenação com os governos estaduais e municipais para realizar campanhas de vacinação para pessoas não vacinadas nos dois estados. As vacinas serão oferecidas tanto para residentes quanto para imigrantes venezuelanos, entre 6 meses e 49 anos de idade.
No mês passado, o Ministério da Saúde recorreu à Organização Mundial da Saúde (OMS) para solicitar que fosse exigido dos venezuelanos a vacinação contra sarampo ao entrarem no Brasil.
Segundo a nota divulgada pela OMS, a organização está está ajudando o governo brasileiro na contenção do surto de sarampo em Roraima, além de apoiar um posto de vacinação em Pacaraíma, na fronteira com a Venezuela.
Recomendação da OMS
O sarampo é uma doença altamente contagiosa, causada por um vírus que pode ser transmitido por via respiratória. Os sintomas começam a aparecer em 12 dias e incluem manchas na pele, tosse, febre e mal-estar. Além disso, em situações mais graves pode levar à pneumonia, inflamação no cérebro, cegueira e até mesmo à morte.
Por causa disso, a OMS recomenda vacinar a população para manter a cobertura homogênea de 95% com a primeira e segunda doses da vacina contra sarampo, caxumba e rubéola em todos os municípios. Além disso, a entidade aconselha que os países identifiquem fluxos migratórios do exterior, como a chegada de estrangeiros, para facilitar o acesso aos serviços de vacinação, de acordo com o calendário nacional de imunização.
Outros países afetados
Ao todo já foram confirmados 385 casos de sarampo em toda a América: o primeiro país da lista, a Venezuela, registrou 279 casos, 67% deles registrados no estado de Bolívar. Outros países com altos números são Estados Unidos (41), Colômbia (5), Canadá (4) e México (4). Os casos nos Estados Unidos, México e Canadá foram importados ou associados à importação.
Argentina, Peru, Antígua e Barbuda, Guatemala e Equador também têm registro de pessoas infectadas. Os casos em Antígua e Barbuda e na Guatemala foram importados, respectivamente, do Reino Unido e da Alemanha. No Peru, que tem dois casos, autoridades locais investigam a região da infecção.
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