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OMS alerta para surto de gripe aviária entre gatos na Polônia

No país europeu, 29 felinos testaram positivo para H5N1 , sendo que 11 morreram e 14 foram sacrificados para conter a disseminação do vírus

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 17 jul 2023, 14h55

Neste domingo, 16, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou para o primeiro surto de gripe aviária de alta patogenicidade (IAAP) em gatos, na Polônia. No fim de junho, o país notificou o órgão sobre as mortes dos felinos, confirmadas posteriormente por terem sido causadas pelo vírus H5N1 – foram testados 47 gatos, sendo 29 positivos para a gripe aviária, equivalente a 62%, em 13 regiões diferentes da nação europeia.

De acordo com a nota emitida pela OMS, 11 gatos morreram pela influenza aviária e 14 tiveram que ser sacrificados a fim de conter a disseminação do vírus influenza que geralmente circulam apenas entre aves – daí o nome de gripe aviária. Destes, dois gatos viviam livremente, 18 eram domésticos, com acesso a algum espaço livre como terraço ou quintal, e cinco, de estimação sem acesso ao ambiente externo.

O órgão internacional também investiga a fonte da exposição dos felinos ao H5N1. “A infecção esporádica de gatos com A(H5N1) já foi relatada, mas esta é a primeira descrição de um grande número de felinos infectados em uma ampla área geográfica em um país”. E afirma ainda que o risco para humanos é considerado baixo para a população geral, e de baixo a moderado para donos de gatos e veterinários expostos, sem equipamento de proteção, mas ressalta que “devido às incertezas relacionadas a este evento, incluindo a fonte de infecção, a avaliação de risco pode mudar”.

Humanos e mamíferos

Alguns casos de gripe aviária registrados por ano em humanos, demonstraram alta mortalidade, de cerca de 53%, mas o vírus é sempre transmitido pelo contato com uma ave contaminada, viva ou morta. No caso dos gatos, não houve registro de contágio ou sintomas das pessoas que tiveram contato com os bichos contaminados e nem de transmissão entre pessoas no mundo.

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O crescimento da doença entre aves, porém, chama a atenção de especialistas por estar infectando mamíferos, o que pode evoluir para humanos, caso o vírus sofra alguma mutação. Segundo a OMS, “desde o final de 2021, um número sem precedentes de surtos de H5N1 entre aves domésticas e selvagens foi relatado em todo o mundo”. Foi o que aconteceu no Brasil, com os primeiros registros da gripe aviária em maio deste ano.

O órgão de saúde também alertou para um aumento das infecções em espécies não aviárias, incluindo mamíferos terrestres selvagens e mamíferos marinhos, além de espécies criadas em cativeiro.

Desde 2020, a OMS detectou 12 casos humanos do vírus influenza aviário, sendo quatro graves e oito leves ou assintomáticos. A maioria veio de contato direto ou indireto com aves contaminadas, vivas ou mortas. Mas é bom ressaltar que não há risco de transmissão pelo consumo de frango ou de ovos.

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