A Organização Mundial da Saúde (OMS) fez um apelo nesta terça-feira 7, por uma maior proteção para as crianças, público mais afetado pela nova onda de coronavírus na Europa. Segundo o órgão, os casos crescem em todas as faixas etárias, mas as taxas mais elevadas observadas atualmente está entre 5 e 14 anos.
Com a aproximação das festas de final de ano, em que inevitavelmente ocorrem eventos que reúnem muitas pessoas e viagens, a OMS teme que até a próxima estação, as mortes cheguem a mais 500 mil, com estimativa de 4000 óbitos diários. Desde o alerta emitido pela instituição em novembro, mais de 120 mil pessoas morreram de Covid-19.
Para impedir o fechamento das escolas, a OMS recomendou o aumento de testes de diagnóstico nos colégios e o controle da vacinação dos estudantes, decisão aprovada por diversas agências sanitárias em todo o mundo. “O uso de máscaras e a ventilação, assim como testes regulares, deveriam ser regra em todas as escolas do ensino básico, e a imunização de crianças deveria ser debatida e considerada em todo o continente, com o objetivo de proteger as escolas”, disse Hans Kluge, diretor da OMS para a Europa.
Em relação à vacinação obrigatória, a entidade diz que deve continuar sendo um “último recurso absoluto, somente quando todas as opções possíveis para aumentar as taxas de imunização tiverem sido esgotadas”. Também falou mais uma vez sobre a preocupação com a nova variante, pedindo ação às autoridades “A ômicron está à vista e em ascensão e temos razão em estarmos preocupados e cautelosos. Mas o problema agora é a delta e o nosso sucesso contra a delta hoje será a vitória contra a ômicron amanhã”, disse o diretor.