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O vírus capaz de destruir o câncer

Tratamento usando forma enfraquecida do agente causador da herpes mostrou resultados promissores nos primeiros testes em humanos

Por Diego Alejandro
Atualizado em 26 set 2022, 19h56 - Publicado em 26 set 2022, 19h37
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  • Vírus do herpes prestes a injetar seu DNA no núcleo de uma célula (representado em roxo)
    Cerca de dois terços da população com menos de 50 anos tem herpes (Bauer et al/VEJA)

    Um tratamento fez um terço dos voluntários ter o crescimento do câncer interrompido ou diminuído após a terapia, enquanto um paciente com câncer de glândula salivar viu o tumor desaparecer completamente 15 meses depois das primeiras sessões. Como? Por meio de um vírus capaz de infectar e destruir células nocivas, estratégia que está se mostrando muito promissora nos primeiros testes em humanos, segundo cientistas do Institute of Cancer Research, ligado à Universidade de Londres, no Reino Unido

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    Trata-se de uma forma enfraquecida do vírus da afta – herpes simplex – que foi modificado para matar tumores. Cerca de dois terços da população com menos de 50 anos tem herpes. O estudo foi apresentado no Congresso da Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO, na sigla em inglês). Nele, os pesquisadores explicam que o vírus, chamado de RP2, foi injetado diretamente no tumor de 39 pacientes diagnosticados com câncer de pele, esôfago ou de cabeça e pescoço.

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    O RP2 age de duas formas no tumor: invadindo as células e se multiplicando, fazendo com que elas explodissem por dentro, e estimulando o sistema imunológico dos pacientes, aumentando sua capacidade de matar as células cancerígenas.

    “Os vírus são um dos inimigos mais antigos da humanidade, como todos vimos durante a pandemia. Mas nossa nova pesquisa sugere que podemos explorar alguns dos recursos que os tornam adversários desafiadores para infectar e matar células cancerígenas”, disse o professor Kristian Helin, executivo-chefe do Instituto de Pesquisa do Câncer, em comunicado.

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    Sete dos 30 pacientes que receberam o medicamento e a imunoterapia com outra droga, chamada nivolumab, também melhoraram ao final dos testes. Seis deles não tiveram progressão da doença em 14 meses.

    Estudos maiores e mais longos serão necessários, mas especialistas dizem que a injeção pode oferecer uma salvação para mais pessoas com câncer avançado.

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    Não é a primeira vez que cientistas usam um vírus para combater o câncer. O Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido aprovou uma terapia baseada em vírus do resfriado, chamada T-Vec, para câncer de pele avançado há alguns anos.

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