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O que a OMS já sabe sobre a hepatite fulminante em crianças

Entidade investiga relação com episódios de adenovírus e descarta relação com vacina contra Covid-19

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 jul 2022, 17h39 - Publicado em 28 abr 2022, 21h15
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  • Ainda lidando com a pandemia de Covid-19, a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta sobre casos de hepatite fulminante e de origem desconhecida que atingia crianças e adolescentes principalmente no Reino Unido. Quase 15 dias depois, a entidade acompanha cerca 170 registros em 11 países e a linha mais forte de investigação é de que os casos têm relação com episódios de adenovírus, que causa doenças gastrointestinais e respiratórias.

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    Apesar da suspeita, a entidade abriu o leque das investigações e diferentes causas estão sendo apuradas. “São crianças que eram saudáveis e não tiveram casos prévios de hepatite. Então, estamos verificando causas infecciosas e não infecciosas: comida, substâncias tóxicas, medicamentos, agentes ambientais”, detalhou, em evento online nesta quinta-feira, 28, Philippa Easterbrook, médica do programa global de HIV e hepatites da OMS.

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    Ela destacou que a manifestação, que causou uma morte e levou a 17 transplantes de fígado, não é explicada pelos tipos de hepatite – A, B, C, E e D (quando aplicável) – ou outras doenças virais.

    A hepatite é uma inflamação que atinge o fígado e, na maioria dos episódios, é causada por vírus, mas pode ter relação com uso de substâncias tóxicas, incluindo medicamentos, consumo de álcool, doenças hereditárias e distúrbios autoimunes. Os principais sintomas são icterícia (cor amarelada na pele ou nos olhos), diarreia, dor abdominal e vômito.

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    Líder da equipe de Patógenos de Alta Ameaça da OMS na Europa, onde os casos estão concentrados, Richard Pebody informou que esses episódios de hepatite fulminante não estão relacionados com a vacinação contra a Covid-19. “A maioria das crianças não recebeu vacina.”

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    Embora a entidade apure a relação com adenovírus, Pebody reconhece que a situação é incomum, tendo em vista que esse grupo de vírus não costuma estar associado a hepatites.

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    Questionado sobre a possibilidade de os casos terem sido causados pelo lockdown adotado em alguns países durante a pandemia, que fez com que as crianças não tivessem contato com outros patógenos, o especialista da OMS não estabeleceu a relação. “Foi um sucesso para proteger a população. Teve uma redução de interações que levam ao contato com infecções, como influenza e o próprio adenovírus, mas, com o retorno das atividades, esses casos voltaram a subir. Uma das nossas investigações é sobre a ligação com o adenovírus.”

    Em balanço divulgado na última segunda-feira, 25, a OMS informou que houve notificação da doença misteriosa no Reino Unido, Irlanda, Espanha, Israel, Estados Unidos, Dinamarca, Holanda, Itália, Noruega, França, Romênia e Bélgica.

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    Na ocasião, a entidade disse que o adenovírus foi detectado em, ao menos, 74 casos e, em 20, o SARS-CoV-2, causador da Covid-19, estava presente. A entidade informou que havia 19 casos de coinfecção por SARS-CoV-2 e adenovírus.

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