Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

O perigo dos tablets para os olhos das crianças

De acordo com novo estudo, crianças que passam muito tempo em frente a telas têm maior risco de desenvolver a síndrome pediátrica do olho seco

Por da Redação
Atualizado em 11 jan 2017, 13h13 - Publicado em 10 jan 2017, 19h32
  • Seguir materia Seguindo materia
  • A verdade é só uma: crianças que passam muito tempo utilizando tablets e smarthphones serão vítimas de síndrome pediátrica do olho seco, caracterizada pela evaporação mais rápida do canal lacrimal.

    Pesquisadores na Coreia do Sul conduziram exames oftalmológicos em 916 crianças com idades entre 7 e 12 anos. Destas, 60 – ou 6,6% do total – apresentaram característicos da síndrome pediátrica do olho seco com base em várias avaliações; entre elas o tempo de dissolução da lágrima – com a finalidade de testar a estabilidade do canal lacrimal.

    Do grupo estudado, 97% dos que apresentaram sintomas da síndrome pediátrica do olho seco informaram que usaram tablets ou smartphones por 3,2 horas por dia, em média. Em contraste, 55% das crianças que não apresentaram sintomas usaram seus gadgets por apenas 37 minutos por dia, além de passarem mais tempo em atividades ao ar livre. Outro dado interessante foi que, quando as crianças deixaram de usar  seus telefones por cerca de um mês, os sintomas de olho seco melhoraram significativamente.

    De acordo com estudos da Academia Americana de Oftalmologia, quando olhamos para telas de smarthphones, tablets e computadores por muito tempo, por haver menor distância de visão em telas significativamente menores, piscamos menos. Isso faz com que haja maior esforço dos olhos e, assim, adquirimos a chamada vista cansada. Isso pode levar a evaporação mais rápida do canal lacrimal e, consequentemente, evoluir para a síndrome do olho seco: quando a produção de lágrimas é menor do que deveria e provoca uma anomalia na produção natural de muco e lubrificação do órgão da visão.

    Tal situação, muitas vezes incômoda, pode afetar negativamente a visão da criança e, consequentemente, prejudicar seu desempenho escolar.

    Continua após a publicidade

    Segundo o oftalmologista Luis Eduardo Rebouças de Carvalho, do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, devemos piscar o mesmo número de vezes que respiramos. Ou seja 16 vezes por minuto, em média. Quem usa um tablet, por exemplo, tem uma redução no número de piscadas e, como consequência, a quantidade de lágrimas sobre a superfície da córnea fica reduzida. Além da ardência, a visão pode ficar embaçada e parcialmente reduzida.  “Em longo prazo, isso pode provocar alterações na curvatura da córnea e até mudanças na graduação do olho”,diz.

     

    No final do ano passado, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) divulgou um manual de orientação para médicos, pais, educadores, crianças e adolescentes. O foco é a “Saúde de Crianças e Adolescentes na Era Digital”. O documento inédito no país foi inspirado em estudos e recomendações internacionais e adaptadas à realidade nacional.

    Continua após a publicidade

    Desde então, a entidade recomenda que telas sejam proibidas para bebês com até dois anos – principalmente nas refeições ou antes do sono. Entre os dois e os cinco anos, acreditam que o limite é que o uso seja de uma hora por dia. Até os seis anos, crianças não devem ter contato com jogos violentos e, até os dez anos, crianças não devem ter televisão ou computador nos próprios quartos para evitar que fiquem vulneráveis a conteúdos inapropriados.

     

     

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.