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O ingrediente que falta nas dietas veganas, segundo cientistas

Muitos veganos apresentam deficiência de vitamina B12, nutriente essencial encontrado na carne

Por Diego Alejandro
Atualizado em 22 ago 2023, 21h12 - Publicado em 22 ago 2023, 17h43
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  • alga
    Algas: uma fonte particularmente rica em vitamina B12 que vem do gênero Chlorella (Thinkstock/VEJA)

    As dietas veganas, assim como as vegetarianas, são cada vez mais populares e têm inúmeros benefícios para a saúde, incluindo níveis mais baixos de glicose e colesterol. Uma desvantagem, no entanto, é a falta de vitamina B12 – cerca de 0,5 micrograma por dia –, de acordo com o European Journal of Nutrition, que está muito abaixo dos 2,4 microgramas recomendados.

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    Também conhecida como cobalamina, a B12 está diretamente envolvida na produção de DNA e RNA e na formação das células sanguíneas e dos neurônios, sendo muito importante para a manutenção da bainha de mielina — estrutura que conduz os impulsos elétricos e integra a comunicação entre os neurônios.

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    Esse nutriente essencial é encontrado na carne, ovos e – em quantidades menores – laticínios. Mas não está presente em plantas. Como resultado, as pessoas veganas podem, sem saber, estar perdendo esse fator capital para o bom funcionamento do sistema nervoso e cardiovascular, além de impactar a disposição física e mental.

    Agora, um grupo de pesquisadores da Universidade de Cambridge acredita que as algas podem ser a chave para ajudar a atender a essa necessidade alimentar. Uma fonte particularmente rica de B12 nas algas vem da Chlorella, que tem a vitamina de forma mais confiável do que outros tipos de algas.

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    Como parte de sua pesquisa, o grupo demonstrou como as algas acumulam B12. Elas não a produzem, mas é encontrada em bactérias que as algas coletam em seus arredores.

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    Nem toda alga

    Mas “é preciso ter cuidado com o tipo de alga que você come”, adverte Alison Smith, chefe do grupo de metabolismo vegetal da Universidade de Cambridge e um dos autores do estudo. A espirulina, por exemplo, às vezes é comercializada como uma fonte de B12, mas não é.

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    “Os suplementos de Chlorella têm o tipo correto de B12, conhecido como cobalamina”, disse Smith, “enquanto a espirulina só tem o que é chamado de pseudocobalamina. Em outras palavras, não é a mesma coisa. Não tem aquela que os humanos podem usar”.

    Nori, uma alga marinha popular no sushi, é um tipo que também é conhecido por conter B12. No entanto, a quantidade presente é altamente variável e, portanto, não está claro se comê-la satisfará as necessidades diárias da vitamina.

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    Injeções e suplementos

    Embora as algas certamente possam ajudar a aumentar os níveis de B12, Smith aconselha as pessoas a conversar com seu médico. Outras opções para reposição incluem injeções regularmente ou ingestão de alimentos enriquecidos com a vitamina.

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    Suplementos à base de vitamina B12 já estão disponíveis, mas nem todos são eficazes, porque existem diferentes formas do nutriente, acrescentou Payam Mehrshahi, que também trabalhou na pesquisa. “Se você pegar o comprimido errado, o suplemento errado, você pode acabar não recebendo vitamina B12 suficiente e ficar doente. Alguns comprimidos ou ingredientes, particularmente os da espirulina, contêm uma forma de B12 que os humanos não conseguem absorver de forma eficiente.”

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    Futuro

    Com essa descoberta, a meta é aprimorar os produtos a serem ofertados para a população. “Podemos ajudar a indústria a começar a produzir suplementos de algas eficazes que devem nos permitir enfrentar o sério problema da deficiência de B12”, afirma Smith.

    No Brasil, de acordo com dados d­­a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2017-2018, 7,2% dos homens adultos no país têm inadequação no consumo de vitamina B12, enquanto o número chega a 17,1% nas mulheres adultas.

    Já o último Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil, de 2019, mostra uma prevalência de 14,2% da deficiência do micronutriente em crianças menores de 5 anos. Nos idosos com idade entre 65 e 74 anos, é de cerca de 5%. Naqueles com mais de 75 anos, fica acima de 10%.

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