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Nova subvariante da ômicron é detectada pela primeira vez no Brasil

Amostra da sublinhagem mais transmissível do novo coronavírus foi coletada em uma paciente de 54 anos de Indaiatuba (SP)

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 6 jan 2023, 11h32 - Publicado em 6 jan 2023, 10h57

O primeiro caso da subvariante da ômicron XBB.1.5 no Brasil foi identificado em uma mulher de 54 anos moradora de Indaiatuba, no interior de São Paulo. A sublinhagem, também chamada de “Kraken” e considerada a mais transmissível até o momento, foi identificada em uma amostra coletada em 9 de novembro do ano passado, que foi sequenciada pela Rede de Saúde Integrada Dasa.

Segundo a Dasa, o resultado do sequenciamento, que apontou a presença da nova subvariante, foi integrado à plataforma Gisaid nesta quinta-feira, 5. A plataforma é uma  iniciativa científica global que fornece dados genômicos dos vírus influenza e do novo coronavírus. A Vigilância Sanitária do estado de São Paulo também foi notificada.

A rede de saúde informou que a identificação ocorreu apenas neste mês “devido ao tempo necessário para o sequenciamento das mais de 1.300 amostras selecionadas naquele mês (novembro de 2022).

Mais transmissível

Nesta semana, a epidemiologista-chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Maria Van Kerkhove, anunciou que a subvariante da ômicron XBB.1.5 é a versão mais transmissível da Covid-19 identificada até agora. A linhagem já foi detectada em 29 países e especialistas aconselham o público a se manter informado, mas não alarmado, enquanto trabalham para aprender mais sobre a cepa do coronavírus.

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“Estamos preocupados com a sua vantagem de crescimento, em particular em países europeus e nos Estados Unidos”, disse ela em entrevista coletiva na tarde da quarta-feira, 4. Durante o mês de dezembro, a porcentagem de novas infecções por Covid-19 em território americano causadas pela XBB.1.5 aumentou de 4% para 41%.

A alta transmissibilidade da subvariante é resultado do acúmulo de mutações, principalmente na proteína S, usada pelo coronavírus para invadir as células humanas. Ela também consegue driblar a imunidade conferida pelas vacinas ou infecção prévia. Entretanto, não se sabe ainda a gravidade dessa sublinhagem.

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