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Nova subvariante da ômicron é a mais transmissível até agora, diz OMS

Mais ondas de Covid-19 são esperadas no mundo, mas sem o mesmo reflexo no número de mortes, afirma epidemiologista-chefe

Por Diego Alejandro
5 jan 2023, 14h45

A epidemiologista-chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Maria Van Kerkhove, anunciou que a subvariante da Ômicron XBB.1.5 é a versão mais transmissível da Covid-19 identificada até agora. A linhagem já foi detectada em 29 países e especialistas aconselham o público a se manter informado, mas não alarmado, enquanto trabalham para aprender mais sobre a cepa do coronavírus.

“Estamos preocupados com a sua vantagem de crescimento, em particular em países europeus e nos Estados Unidos”, disse ela em entrevista coletiva na tarde da quarta-feira,4. Durante o mês de dezembro, a porcentagem de novas infecções por Covid-19 em território americano causadas pela XBB.1.5 aumentou de 4% para 41%.

A alta transmissibilidade da subvariante é resultado do acúmulo de mutações, principalmente na proteína S, usada pelo coronavírus para invadir as células humanas. “Além disso, ela possui um escape imunológico, ou seja, consegue driblar a imunidade conferida pelas vacinas ou infecção prévia”, explica o infectologista Julival Ribeiro, membro da Sociedade Brasileira de Infectologia 

Entretanto, não se sabe ainda a gravidade dessa subvariante. Vale salientar que somente com análise genômica podemos saber se há circulação dessa cepa no Brasil. “A melhor estratégia é a vacina e continuar usando máscaras”, conclui Ribeiro

O Grupo Consultivo Técnico sobre Evolução de Vírus da OMS publicou um comunicado em que afirma que uma “avaliação de risco atualizada” sobre a subvariante está em andamento. O grupo reuniu-se na terça-feira, 3, para abordar também a situação sanitária na China, que vive uma explosão de novos casos da doença. Lá, porém, as amostras do coronavírus sequenciadas identificaram a predominância de outras linhagens da Ômicron já conhecidas, as BA.5.2 e BF.7.

“Esperamos mais ondas de infecção em todo o mundo, mas isso não precisa se traduzir em mais ondas de morte porque nossas contramedidas continuam funcionando”, concluiu Maria Van Kerkhove.

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