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Não escovar os dentes aumenta risco de disfunção erétil, aponta estudo

Segundo pesquisadores, a gengivite - doença relacionada à falta de escovação - é causada pelo mesmo tipo de inflamação que provoca impotência

Por Redação
Atualizado em 8 jan 2019, 19h34 - Publicado em 8 jan 2019, 19h22

Homens que não escovam os dentes pelo menos duas vezes ao dia estão até três vezes mais propensos a sofrer de disfunção erétil, aponta uma revisão de estudos publicada no periódico científico Journal of Sexual Medicine. O motivo para esse aumento no risco seria a gengivite – doença odontológica causada pela falta de escovação. Segundo os pesquisadores chineses, os problemas estão conectados porque ambas são causadas pelo mesmo tipo de inflamação que afeta os vasos sanguíneos. 

Segundo a pesquisa, quadros de gengivite e impotência sexual são causados pelo mesmo tipo de inflamação nos vasos sanguíneos: um aumento no nível da proteína C-reativa (CRP, na sigla em inglês) no organismo. A substância é produzida no fígado e indica a ocorrência de processos inflamatórios .

A CRP também encontra-se elevada em homens com doença cardíaca, o que segure que os danos são causados inicialmente aos vasos sanguíneos menores, como os encontrados no pênis e na boca, antes de afetar artérias maiores.

Higiene bucal versus disfunção erétil

A revisão de estudos realizada pela Universidade de Jinan, na China, analisou cinco pesquisas, totalizando mais de 200.000 homens analisados. Os resultados mostraram que a gengivite pode aumentar em 2,85 vezes a probabilidade de indivíduos do sexo masculino apresentarem dificuldade para ter uma ereção. A pesquisa acrescenta mais evidências de que a má higiene bucal pode afetar o desempenho sexual do homem e trazer outras consequências para a saúde.

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Esta não é a primeira vez que são apresentadas evidências sobre a associação entre saúde bucal e desempenho sexual. De acordo com revista Men’s Health, em 2016, cientistas turcos sugeriram que homens com disfunção erétil correm um risco três vezes maior de desenvolver doença periodontal em comparação com aqueles que não apresentam problemas penianos. A explicação: à medida que os dentes apodrecem, o sistema imunológico ataca os patógenos presentes na boca. As bactérias, então, se infiltram na corrente sanguínea, danificando o fluxo de sangue que circula pelo corpo, assim como os vasos sanguíneos.

Outro estudo publicado no ano passado pela Universidade de Granada, na Espanha, revelou resultados similares: quase 74% dos homens que relataram problemas de desempenho sexual tinham gengivite. Já naqueles sem o problema, apenas 58% apresentaram a doença bucal.

Segundo um relatório da British Dental Health Foundation, uma das principais instituições de caridade independentes de saúde bucal do mundo, informa que 4 em cada 5 homens com disfunção erétil severa têm doença periodontal. “Isso pode se tornar um alerta para que os homens comecem a prestar mais atenção à própria saúde bucal, particularmente as gengivas.”, disse Nigel Carter, CEO da Oral Health Foundation, no Reino Unido, ao Daily Mail.

Escove os dentes após as refeições

De acordo com o Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS, na sigla em inglês), quase todos os adultos (homens e mulheres) apresentam algum grau de dano gengival que pode se agravar e se tornar um problema de saúde, caso não seja tratado. No Brasil, a gengivite afeta cerca de 2 milhões de pessoas por ano. O dado é preocupante, já que a doença tem sido associada a outros problemas de saúde, como diabetes, acidente vascular cerebral (AVC) e doenças cardíacas.

A orientação é que toda a população escove os dentes pelo menos três vezes ao dia (ou depois de cada refeição) com creme dental e faça uso do fio dental ou escovas interdentais. Para os homens, essa orientação parece ser ainda mais relevante uma vez que ajuda a evitar duas doenças.

O que é disfunção erétil?

A disfunção erétil, também chamada de impotência sexual, acontece quando existe um esforço maior para manter a ereção, ou mesmo com esse esforço, a ereção não se mantém firme o bastante para que o sexo aconteça. O problema, que pode ser temporário ou duradouro, tem causas físicas e mentais e é mais comum acima dos 40 anos, mas pode afetar homens em qualquer idade.

 

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