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Mulheres devem fazer sexo mais de uma vez por semana, diz estudo

Pesquisa destaca o sexo como pilar para o bem-estar feminino ao melhorar a função cardiovascular e a saúde mental; orgasmo tem papel importante

Ligia MoraesPor Ligia Moraes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 31 jul 2024, 15h52 - Publicado em 31 jul 2024, 15h22

Mulheres que têm relações sexuais menos de uma vez por semana apresentam um risco significativamente maior de mortalidade nos próximos cinco anos em comparação com aquelas que mantêm uma vida sexual mais ativa, segundo um novo estudo publicado no periódico científico Journal of Psychosexual Health.

Os pesquisadores analisaram dados de mais de 14.500 participantes do National Health and Nutrition Examination Survey (NHANES), (um programa estatal americano de pesquisa que avalia a saúde da população), dos anos de 2005 a 2010, com idades a partir de 20 anos. Eles descobriram que mulheres que faziam sexo menos de uma vez por semana enfrentavam um risco 70% maior de morrer dentro de cinco anos quando comparadas com aquelas que tinham relações sexuais mais frequentes. Mesmo após ajustar para fatores demográficos e de saúde mental, o risco permaneceu 46% mais alto.

A pesquisa sugere que o orgasmo pode melhorar a saúde cardiovascular, possivelmente devido à redução da variabilidade da frequência cardíaca e ao aumento do fluxo sanguíneo. Além disso, sexo frequente pode trazer muitos benefícios, incluindo maior felicidade, bem-estar e qualidade de vida, abrangendo todas as orientações sexuais.

Mas, calma, ninguém vai morrer por falta de sexo!

É  importante destacar que, embora o estudo indique que mulheres com baixa frequência sexual podem ter um risco maior de mortalidade, isso não significa que a falta de sexo seja a única ou principal causa de morte. Muitos fatores contribuem para a saúde e longevidade, incluindo genética, estilo de vida, dieta, níveis de estresse e condições de saúde preexistentes. 

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A baixa frequência sexual pode ser um indicador de outros problemas de saúde ou bem-estar, mas não deve ser vista como uma sentença de morte. É essencial considerar um panorama mais amplo e abordar a saúde de maneira holística, levando em conta diversos aspectos que influenciam a qualidade de vida e a longevidade.

Relação entre depressão, frequência sexual e gênero 

O estudo também destacou a relação entre depressão, frequência sexual e mortalidade. Mulheres deprimidas que tinham relações sexuais frequentes foram significativamente menos afetadas pelos efeitos negativos da depressão na saúde. Isso sugere que a atividade sexual pode mitigar alguns dos riscos associados à depressão.

Curiosamente, os benefícios da frequência sexual não se aplicaram da mesma forma aos homens. O estudo encontrou que, para os homens, a alta frequência sexual não fornecia os mesmos benefícios de saúde. No entanto, os cientistas destacam que mais estudos são necessários para compreender claramente essa suposição, o que  indica que a frequência sexual interage com o gênero de maneira complexa. 

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Dia do Orgasmo

Hoje, dia 31 de julho, é o Dia do Orgasmo, uma data que serve para reforçar a importância da sexualidade saudável.  O estudo, ao sublinhar a interconexão entre saúde sexual, mental e física, muitas vezes ignorada pela medicina, (especialmente no corpo feminino), fornece uma base importante para futuras pesquisas e intervenções de saúde pública. 

Nesse sentido, os pesquisadores recomendam que intervenções de saúde pública levem em consideração a saúde sexual como um componente importante para o bem-estar geral. Promover a consciência sobre a importância da vida sexual ativa pode ajudar a melhorar a saúde cardiovascular e reduzir os riscos associados à depressão e outras comorbidades.

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