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Mortes e internações por Covid-19 caíram em todas as idades desde março

Segundo especialistas, o avanço da vacinação teve um impacto importante na melhora dos índices da pandemia no país

Por Giulia Vidale Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Augusto Conconi Atualizado em 2 jul 2021, 19h43 - Publicado em 1 jul 2021, 19h46

A pandemia começa a perder força no Brasil. Um levantamento feito por VEJA revela que após o Brasil atingir o pico em internações e mortes semanais pelo novo coronavírus em março, houve redução no número de hospitalizações e óbitos pela doença em todas as faixas etárias entre a última semana de março e a segunda de junho. O levantamento foi feito com base nos dados do Datasus sobre hospitalizações e óbitos por síndrome respiratória aguda grave (Srag) causados pela Covid-19.

Se considerarmos todas as idades, a diminuição média de internações foi de 41,7%. A mesma tendência foi observada nas mortes, que caíram, em média, 68,8%, no mesmo período. As taxas mais significativas foram observadas em sexagenários e septuagenários: -86% e -85%, respectivamente, em mortes e -74% (em ambas) em internações. Vale lembrar que em abril, essa tendência já havia sido observada em nonagenários e octogenários, grupos que foram vacinados em fevereiro.

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Especialistas ouvidos por VEJA afirmam que o avanço da vacinação contra a Covid-19 no país desempenhou um papel importante na melhora desses índices. Em especial na queda de mortes e casos graves nas faixas etárias que já foram vacinadas há algum tempo, como é as pessoas das pessoas de 60 a 79 anos, cujo impacto da vacinação foi visto agora, e naquelas acima de 80 anos, que começaram a ser imunizadas em fevereiro.

“É possível atribuir esse cenário a vacinação. Sabemos que a eficácia máxima [da vacina] é atingida após o esquema vacinal completo, mas algumas vacinas, como as da Pfizer e da AstraZeneca, já desenvolvem uma potente resposta celular de 20 a 30 dias após a primeira dose. Cabe ressaltar também que acesso a testes, detecção e isolamento precoce dos casos e contactantes, curva de conhecimento sobre a doença também influenciam nesses números”, diz o epidemiologista e infectologista Bruno Scarpellini, da PUC-RJ.

Outros dados que sinalizam para a melhora na pandemia no país é a média móvel de mortes, que vem registrando quedas constantes, segundo levantamento de VEJA; a média móvel de casos, que na quarta-feira, 30, atingiu o menor número desde fevereiro e a queda na taxa de transmissão do novo coronavírus. Segundo dados da Imperial College de Londres, nesta semana ela ficou em 0,98, portanto,  dentro do nível de controle/crescimento lento segundo parâmetros da instituição.

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“Claro que a vacina já tem efeito, mas esse efeito é visto na redução [de internações e óbitos] na população vacinada, não na circulação do vírus. O que a vacina fez até agora foi reduzir hospitalização e mortes, já que o grupo que mais hospitalizava e morria está vacinado. Mas a vacinação não foi suficiente para impactar na transmissão”, afirma o infectologista e pediatra Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim).

No entanto, não é motivo para comemoração nem relaxamento. Desde o início da pandemia, 18,5 milhões de brasileiros foram contaminados pelo vírus e 518.066 faleceram. “Ainda estamos com poucas pessoas vacinadas com duas doses e níveis muito altos de transmissão, de registro de casos e internações, superiores ao da primeira onda, no ano passado. Então precisa ter atenção porque se houver descuido, as curvas podem voltar a subir. Por isso precisamos acelerar logo a vacinação”, alerta Kfouri.

Confira o avanço da vacinação no Brasil:

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