A depender de suas características de resfriamento, a 70 graus abaixo de zero, a vacina desenvolvida pela farmacêutica Pfizer está fora do radar do Ministério da Saúde para o programa nacional de imunização de 2021. Nesta terça-feira, 1º, o secretário de vigilância em saúde, Arnaldo Medeiros, afirmou que a vacina a ser incluída no plano nacional deve ser “fundamentalmente” termoestável por longos períodos em temperaturas entre 2 e 8 graus celcius, compativel com a capacidade da rede de resfriamento nacional.
Apesar da menção à temperatura, o secretário não citou nominalmente nenhum imunizante.
Medeiros disse também que idealmente a vacina deveria ser aplicada em dose única, embora saiba que isso pode não ser possível. A título de comparação, apenas a vacina da Johnson & Johnson em testes no país funciona no esquema de única aplicação. Pfizer, Astrazeneca e Sinovac Biotech são analisadas diante de um protocolo que prevê duas agulhadas.
A Pfizer — que desenvolve um imunizante em parceria com a empresa de tecnologia BioNTech — iniciou a conversa para registro do imunizante no Brasil na semana passada. Dados iniciais aferidos na fase 3 de desenvolvimento da vacina apontam para eficácia de 95% e segurança para efeitos adversos graves.